sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Ano Novo



Ano Novo, vida nova. 
Tempo de avaliar o que passou, 
para repetir os acertos e corrigir as falhas,
para perdoar e esquecer as mágoas.
É hora de recomeçar. 
Tantas coisas aconteceram e, 
no meio da pressa,
  parece que nunca temos tempo para realizar nossos sonhos e projetos.

 Mais um ano se passou.
Foi tudo tão rápido.

Você olha para trás e vê sucessos  e decepções, tristezas e alegrias, fantasias e realidades.

O peso do ano velho ainda está em seus ombros, em sua vida, em seu coração.

É tempo de parar.
Decrete alguns dias de paz.
Dê férias ao coração. 
Aceite meia hora de silêncio.
Contemple uma flor.
Deixe que sua voz interior grite.

 Nosso complexo de onipotência cria a ilusão de que podemos funcionar sempre, sem descanso. O resultado é trágico: estresse, o mal do século.

Pare um minuto.

Reze.

Olhe para o Universo e veja o que existe de bom.

Exercite-se na arte de ser feliz.

Confraternize com todas as pessoas de todo o mundo.

Pe. Joãozinho - S.C.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Fim do Mundo



Quais eram suas expectativas para o dia 21 de dezembro de 2012? Com base no calendário maia, muitos pensavam que o mundo passaria por grandes mudanças nesse dia. Dependendo do que você esperava, talvez se sinta aliviado, desapontado ou indiferente. Será que foi só mais uma profecia equivocada sobre o fim do mundo?

E que dizer do “fim do mundo” descrito pela Bíblia? (Mateus 24:3, Almeida, revista e corrigida) Alguns temem que a Terra seja destruída por fogo. Outros ficam fascinados com o que poderia acontecer no fim do mundo. Ainda outros estão cansados de tanto ouvir falar que o fim está perto. Essas reações se baseiam em fatos ou em ficção?

Você talvez se surpreenda ao saber o que a Bíblia realmente diz sobre o fim do mundo. A Bíblia dá motivos para aguardar o fim com expectativa. Por outro lado, ela reconhece que pode ser frustrante esperar por um fim que parece nunca chegar. Convidamos você a analisar as respostas da Bíblia a algumas perguntas comuns sobre o fim do mundo.

 A Terra será destruída por fogo?
A RESPOSTA DA BÍBLIA: “[Deus] fundou a terra sobre os seus lugares estabelecidos; não será abalada, por tempo indefinido ou para todo o sempre.” — SALMO 104:5.

A Terra não será destruída nem por fogo nem por qualquer outro meio. A Bíblia ensina que a Terra é o lar eterno da humanidade. O Salmo 37:29 diz que “os próprios justos possuirão a terra e residirão sobre ela para todo o sempre”. — Salmo 115:16; Isaías 45:18.

Depois de criar nosso planeta, Deus disse que ele “era muito bom”. (Gênesis 1:31) Deus ainda pensa assim. Ele não destruirá a Terra, mas promete que vai ‘arruinar os que a arruínam’ e protegê-la contra danos permanentes. — Revelação (Apocalipse) 11:18.

No entanto, você talvez se lembre do texto de 2 Pedro 3:7, que diz: “Os céus e a terra que agora existem estão sendo guardados para o fogo.” Isso não prova que a Terra será destruída por fogo? Na realidade, a Bíblia às vezes usa os termos “céus”, “terra” e “fogo” em sentido figurado, ou simbólico. Por exemplo, quando Gênesis 11:1 diz que “toda a terra continuava a ter um só idioma”, o termo “terra” se refere à sociedade humana.

O contexto de 2 Pedro 3:7 mostra que os céus, a terra e o fogo mencionados ali também são simbólicos. Os versículos 5 e 6 fazem um paralelo com o Dilúvio dos dias de Noé. Naquela ocasião, um mundo antigo foi destruído, embora nosso planeta não tenha deixado de existir. A “terra” que acabou foi a sociedade violenta daquela época. (Gênesis 6:11) O Dilúvio também destruiu os “céus” — as pessoas que governavam aquela sociedade. Da mesma forma, 2 Pedro 3:7 prediz a destruição definitiva, como que por fogo, de uma sociedade perversa e de seus governos corruptos.

O que vai acontecer no fim do mundo?
A RESPOSTA DA BÍBLIA: “O mundo está passando, e assim também o seu desejo, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.” — 1 JOÃO 2:17.

 O “mundo” que passará não é a Terra, mas o mundo da humanidade que não faz a vontade de Deus. Assim como um cirurgião remove um tumor maligno para salvar a vida de um paciente, Deus vai ‘decepar’, ou remover, os perversos. (Salmo 37:9) Isso permitirá que as pessoas boas tenham uma vida realmente feliz aqui na Terra. Nesse sentido, o “fim do mundo” é algo bom.

Esse ponto de vista positivo sobre o “fim do mundo” é indicado pelas traduções da Bíblia que vertem essa expressão como “terminação do sistema” ou “fim dos tempos”. (Mateus 24:3, Nova Versão Internacional) Visto que tanto a humanidade como a Terra sobreviverão ao fim, não é lógico esperar que haverá um novo sistema, ou seja, novos tempos? A Bíblia diz que sim, pois ela fala de um ‘tempo que há de vir’. — Lucas 18:30, Missionários Capuchinhos.


Jesus chamou esse tempo de “regeneração de todas as coisas”. (Mateus 19:28, NVI) Nessa época, ele restaurará a humanidade às condições que Deus originalmente intencionava. Ali, nós teremos a alegria de:

Viver num paraíso na Terra, com segurança e prosperidade para todos. — Isaías 35:1; Miqueias 4:4.
Ter trabalho significativo e satisfatório. — Isaías 65:21-23.
Ser curados de todas as doenças. — Isaías 33:24.
Voltar a ser jovens. — Jó 33:25.
Ver os mortos serem ressuscitados. — João 5:28, 29.
Se estamos fazendo “a vontade de Deus”, não precisamos temer o fim do mundo. Em vez disso, podemos aguardá-lo com expectativa.

O fim do mundo realmente está próximo?
A RESPOSTA DA BÍBLIA: “Quando virdes estas coisas ocorrer, sabei que está próximo o reino de Deus.” — LUCAS 21:31.

No livro The Last Days Are Here Again (Os Últimos Dias Voltaram), o professor universitário Richard Kyle escreveu que “mudanças súbitas e confusão social criam um ambiente propício a predições sobre o fim do mundo”. Isso acontece especialmente quando essas mudanças e essa confusão são difíceis de explicar.

No entanto, os profetas bíblicos não decidiram escrever sobre o fim para tentar explicar por que aconteciam coisas estranhas  em seus dias. Eles foram inspirados por Deus a descrever acontecimentos futuros que indicariam a proximidade do fim do mundo. Considere algumas dessas profecias e veja por si mesmo se elas estão ou não se cumprindo em nossos dias.

Guerras, fome, terremotos e epidemias mortais. — Mateus 24:7; Lucas 21:11.
Significativo aumento do crime. — Mateus 24:12.
A destruição do planeta pela humanidade. — Revelação 11:18.
Pessoas que amam a si mesmas, ao dinheiro e aos prazeres, mas não amam a Deus. — 2 Timóteo 3:2, 4.
O colapso da família. — 2 Timóteo 3:2, 3.
Indiferença generalizada para com as evidências de que o fim se aproxima. — Mateus 24:37-39.
A pregação das boas novas do Reino de Deus em todo o mundo. — Mateus 24:14.
Como Jesus disse, ver “todas estas coisas” nos ajuda a saber que o fim do mundo está próximo. (Mateus 24:33) As Testemunhas de Jeová acreditam que as evidências são convincentes. É por isso que elas falam a outros sobre sua fé, e fazem isso em 236 países e terras.

Será que previsões equivocadas sobre o fim indicam que ele nunca virá?
A RESPOSTA DA BÍBLIA: “Quando estiverem dizendo: ‘Paz e segurança!’ então lhes há de sobrevir instantaneamente a repentina destruição, assim como as dores de aflição vêm sobre a mulher grávida, e de modo algum escaparão.” — 1 TESSALONICENSES 5:3.

A Bíblia compara a destruição do mundo ao trabalho de parto — a dor da mãe é inevitável e vem de repente. Do mesmo modo, o período antes do fim é comparado à gravidez. A mãe percebe os sinais cada vez mais evidentes de que em breve dará à luz. Seu médico talvez faça uma estimativa do dia em que o bebê vai nascer; mas, mesmo que o parto não ocorra no dia previsto, ela pode ter certeza de que seu bebê logo nascerá. De maneira similar, qualquer previsão equivocada sobre o fim não muda as evidências incontestáveis de que estamos nos “últimos dias”. — 2 Timóteo 3:1.

Você talvez se pergunte: ‘Se o sinal de que estamos perto do fim é tão claro, por que tantas pessoas não o reconhecem?’  A Bíblia diz que, quando o fim estivesse perto, muitos não fariam caso das evidências. Em vez de perceber as grandes mudanças que ocorreriam nos últimos dias, eles diriam com desprezo: “Desde o dia em que os nossos antepassados adormeceram na morte, todas as coisas estão continuando exatamente como desde o princípio da criação.” (2 Pedro 3:3, 4) Em outras palavras, o sinal dos últimos dias seria claro, mas muitos o ignorariam. — Mateus 24:38, 39.


Vídeo sobre o assunto:



segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Jovens Santos


Ser jovem é muito bom. É nesta fase da vida que nossos sonhos desabrocham, é nesta fase da vida que queremos mudar tudo e todos.

Uma fase de fazer a diferença!
“A juventude não é apenas um período de vida (…), mas uma qualidade de alma que se caracteriza precisamente por um idealismo que se abre para o amanhã.” (Joao Paulo II)

Unir minha jovialidade com a certeza de que Deus está comigo é totalmente possível. Ele não me tira nada, pelo contrário Ele me dá tudo! Ele se faz meu amigo no presente, e tem a minha história na sua mão: nela segura firmemente o  meu passado, com as fontes e os alicerces do meu ser; nela guarda ansiosamente o futuro, e me faz vislumbrar a mais bela alvorada de toda a minha vida. É com esta mão forte que conto quando caio e não quero ficar largado no chão. Ele tem a voz que ecoa no silêncio do meu coração me acordando pra vida.

“Quando o jovem não se decide, corre o risco de ficar uma eterna criança!( Bento XVI)”

Não quero ser criança quero crescer! Quero me decidir! Hoje me decido a ser Santo! Santo sem deixar de ser Jovem.

Tomo a coragem de  ter decisões definitivas porque sei que na verdade são as únicas que não destroem a minha liberdade, mas criam a justa direção, possibilitando seguir em frente e alcançar algo de grande na vida. Algo que me é garantido! A vida eterna! O céu!

Te desafio a ser santo. Topa?

Ser santo sem deixar de ser jovem! E pra provar que é possível temos muitos exemplos de pessoas que começaram este projeto de santidade ainda na juventude e se transformaram em santos de altares.

Acredito que uma nova “tribo” precisa se levantar. A tribo dos jovens que não querem a vida igual a tudo que se vê, tribo de jovens que optam pela santidade. Santos de Calça Jeans!









Vamos juntos formar uma geração de jovens que buscam acima de tudo a santidade de Deus?

Espero sua resposta!


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

PODEMOS SER SANTOS NESTA VIDA?


"Pr. Williams Costa Jr.: - Muitas pessoas sabem aquilo que é certo e gostariam de fazê-lo, mas no coração existe sempre a luta. Como posso viver uma vida certa? Ninguém gosta de errar. As cartas, os telefonemas e os e-mails que recebemos, comprovam e atestam o interesse das pessoas em saber como viver a vida cristã. Pr. Bullón, o que é cristianismo? O que é vida cristã?

Pr. Bullón: - Cristianismo, em poucas palavras, é companheirismo com Jesus. De onde tiro este pensamento? De São João 15:4 e 5: "permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer."( S. João 15: 4 e 5) Quer dizer que vida cristã é companheirismo com Jesus. Quem não gosta de ter amigos? Os velhinhos gostam, as mulheres, os homens, muito mais ainda os jovens, eles são especialistas em fazer amigos. As crianças onde chegam fazem amigos. Se encararmos a vida cristã como uma maravilhosa experiência de andar, conviver, cultivar uma amizade íntima com Cristo, então descobriremos o segredo da vida cristã.

Pr. Costa Jr.: - Talvez você esteja pensando: "em algum momento de minha vida já experimentei esse contato com Jesus, essa comunhão com Ele", mas a grande pergunta que você e milhares de pessoas fazem é: Como manter o companheirismo com Jesus? Ter por um momento, muita gente tem, mas como ter isso por toda vida?

Pr. Bullón: - Aqui há um conceito que quero frisar. O mais difícil da vida cristã, não é tornar-se cristão, porque para tornar-se cristão basta correr aos braços de Jesus e começar a vida com Ele. O difícil é permanecer cristão. É como a vida no casamento, casar é o mais simples.

Existem muitas pessoas que iniciam a vida cristã e depois de algum tempo a abandonam um ano depois, cinco anos depois, desanimam, voltam atrás, porque não entenderam o segredo da permanência em Cristo.
Como permanecer cristão? Como manter a comunhão com Cristo? Através basicamente de três elementos: Primeiro; a oração, pois através dela nos comunicamos com Cristo. Depois através da Bíblia, o principal veículo através do qual Jesus comunica-se conosco. Por último, quando testificamos para outras pessoas do amor de Cristo, quando divulgamos os princípios de vida que conhecemos através do estudo da Bíblia. Basicamente é através disso que permanecemos cristão. Também quando mantemos um cântico no coração, quando cantamos hinos, quando vamos a igreja e nos congregamos com os outros membros, ou quando ouvimos as mensagens que são apresentadas; isso também nos ajuda a crescer em Cristo e a cultivar nosso companheirismo com Ele.

Pr. Costa Jr.: - Agora, você pode pensar: "Tudo bem, estou entendendo na teoria como isso funciona, mas por que é tão difícil manter essa comunhão com Jesus?"

Pr. Bullón: - Por um simples motivo: o ser humano nasce naturalmente corrupto, naturalmente mau, gostando do lixo da vida, das coisas erradas da vida. Teologicamente chamamos isto de natureza pecaminosa. Essa natureza pecaminosa com a qual todos nascemos, não gosta de ler a Bíblia, não gosta de orar, não gosta de ir à igreja, não gosta de buscar a Deus. Então, se nós temos que orar, temos que estudar a Bíblia ou ir à igreja, não será porque nos deleitamos em fazer isso, será porque, de certa maneira, estamos convencidos que isso é importante e portanto vamos contra a natureza que nascemos.


Na hora da conversão, Jesus coloca em nós a natureza de Cristo, e essa natureza sim, tem fome e sede de justiça. Então, vem a luta das duas naturezas, pois a natureza do inimigo diz: "não vá para a igreja" e a natureza de Cristo diz: "vá para a igreja". A natureza carnal diz: "não, não estude a Bíblia"; a natureza de Cristo diz: "abra a Bíblia", essa é a luta da vida cristã.

Pr. Costa Jr.: - Pastor, existem pessoas que fazem a seguinte pergunta: "Bom, se todos os caminhos levam a Deus, é Jesus que me salva, por que eu preciso ir à igreja?" Em outras palavras, pastor, para que existe igreja? Qual é o papel da igreja na vida cristã?

Pr. Bullón: - Em primeiro lugar, quero que o amigo que está lendo esse programa, entenda que nenhuma igreja tem o poder de salvar, nenhuma religião salva. Na Bíblia não encontramos salvação pela igreja, salvação pela religião, ou salvação pela doutrina. A igreja, a religião e a doutrina têm seu lugar na vida do cristão, mas nenhuma dessas coisas ocupam o papel salvador, somos salvos unicamente pela graça de Cristo, unicamente pela fé no maravilhoso amor redentor de Cristo.

Para responder sua pergunta, quero contar um milagre que Jesus fez com o paralítico que estava no Tanque de Betesda. Jesus o curou e quando o paralítico se levantou e quis agradecer, Jesus já não estava lá, o texto bíblico diz que mais tarde o paralítico foi para a igreja já curado e lá se encontrou com Jesus, e lá teve a oportunidade de agradecer a Jesus. Quem o curou da paralisia? A igreja? Não, mas uma vez curado, a primeira coisa que o paralítico fez foi correr para a igreja, e na igreja teve a oportunidade de agradecer a Jesus. Quem nos salva é Cristo, mas por favor, não me diga que você está salvo se você não está na igreja. Porque o primeiro passo de alguém que experimentou a salvação em Cristo, é correr à igreja para louvar o nome de Deus, para edificar com sua experiência outros cristãos, para ser edificado pela experiência de outros cristãos e para todos juntos exaltarem o nome de Deus.

Pr. Costa Jr.: - Agora, ainda sobre esse assunto de igreja, você pode estar se perguntando: "Tudo bem, eu creio no poder de Deus, eu creio que Jesus salva, eu creio na importância da igreja, mas se eu ficar sozinho em minha casa estudando a Bíblia, cantando hinos, fazendo oração, não vai ser a mesma coisa para minha vida cristã?

Pr. Bullón: - Preste atenção: Vida cristã indo à igreja, estudando a Bíblia, orando, já é muito difícil; imagine sem orar, sem estudar a Bíblia. É como um carvão, uma brasa viva. Se você separar um carvão, ele vai arder por um tempo e depois de pouco tempo, vai se apagar. Quando está entre os outros carvões permanece brasa viva, separado se apaga. Os cristãos que cada semana se congregam com outros cristãos e compartilham suas experiências, suas lutas, vitórias, tentações, juntos louvam o nome de Deus e são edificados pela pregação da Palavra de Deus, vão crescendo na sua experiência cristã. Cristãos que querem servir a Deus sozinhos, correm o perigo de verem sua vida espiritual apagar-se. Agora, se você está isolado numa ilha da China e não tem igreja, neste caso, sozinho, Deus lhe ajudará a sobreviver na vida espiritual, de alguma maneira. Mas tendo uma igreja a 150 metros da sua casa, qual é o mérito de ficar em casa sozinho?

Pr. Costa Jr.: - Éh, realmente! Inclusive, para a vida cristã, vale o ditado que diz: "A união faz a força". Mas existe uma outra pergunta que é feita através das cartas e dos telefonemas: "Eu não tenho vontade de ler a Bíblia. Eu sei que a Bíblia é a palavra de Deus, eu sei que é importante ler a Bíblia para poder saber o que Deus quer para mim. Mas, o que eu faço, se não gosto e se não tenho vontade de ler a Bíblia?"

Pr. Bullón: - A resposta mais simples seria: peça a Deus que lhe dê força para estudar a Bíblia. Mas vou neste momento, nem vou mencionar a Deus, vou apelar para a lógica e o sentido comum das coisas. Se você amanhã tem que prestar vestibular, tem prova de matemática, e você não gosta dessa matéria, abre o livro, e não quer nem ver. Você não gosta de matemática, mas amanhã tem prova. O que você faz? Porque você não gosta de matemática joga o livro fora e não estuda? Não é assim.

Pr. Costa Jr.: - Vai ter que estudar, mesmo não gostando.


Pr. Bullón: - Mesmo não gostando, você estuda, porque precisa. Agora o interessante é que as pessoas quando abrem a Bíblia dizem: "Ah, não tenho vontade", e fecham a Bíblia. Não pode ser assim! Se para prestarmos vestibular, nos controlamos, nos esforçamos, não seria lógico nos esforçar-mos um pouco para estudar a Bíblia, sabendo que disso não depende um vestibular mas depende a vida eterna?

Pr. Costa Jr.: - É, tem razão. Algumas pessoas dizem assim: "Bom, eu não entendo tudo. Entendo tudo na teoria, entendo tudo pela lógica, tá tudo certo. Agora, por que é que aceitando a Deus, escolhendo viver com Ele, a minha vida ficou mais difícil?" Em outras palavras: Por que é difícil ser um cristão?

Pr. Bullón: - Porque este mundo está programado para caminhar em direção contrária aos caminhos que Deus tem para seus filhos. Os cristãos na realidade andam na contra-mão da vida. Todo mundo é desonesto; o cristão precisa ser honesto porque ama o Senhor Jesus e tem princípios na vida. Todo mundo engana, todo mundo mente; mas o cristão precisa, por amor a Jesus, viver com a verdade em um mundo onde há tanta mentira.

Vamos analisar agora, como exemplo, a mentalidade dos jovens. Todo mundo pratica sexo antes do casamento. O jovem cristão tem que chegar ao casamento virgem. Não tem lógica! Todo mundo olha para esse jovem e diz: "Você é careta, ultrapassado, que é isto? Tá louco!

Pr. Costa Jr.: - É um ser fora desse mundo.

Pr. Bullón: - Então, para o cristão não é fácil, ele tem que andar na contra-mão da vida.
Tem outra coisa mais. Quando você está nas mãos do inimigo, por que o inimigo vai atormentar sua vida se você já é dele?! Agora, quando você começa sair das rédeas do inimigo e entra na área divina, é aí que toda a fúria do inimigo vai desatar contra você. Você pode perder o emprego, seus familiares podem lhe abandonar, seus amigos podem lhe virar as costas, de repente você pode sofrer um acidente, enfim...
Eu estava uma noite pregando num estádio e quando terminou a reunião uma senhora procurou-me chorando. Havia sempre adiado tomar sua decisão de seguir a Jesus, até que em uma daquelas noites, tomou a decisão, sua grande decisão. Então aconteceu uma tragédia; o carro zero quilometro que o marido tinha dado para ela de presente de aniversário há uma semana, foi roubado. Aí ela me disse: "Enquanto eu não tomava a decisão, nada me acontecia, agora que decidi seguir a Jesus, me roubam o carro".

Pr. Costa Jr.: - Pois é pastor, sem querer interromper o que o senhor está falando, há uma outra pergunta que os telespectadores nos fazem: Por que parece que o cristão sofre mais que o não cristão? Parece um contra senso.

Pr. Bullón: - Exatamente porque a ira do inimigo está desatada contra os seguidores de Cristo. Veja que o inimigo tem seguidores voluntários e involuntários; porque tem muita gente que não quer se unir ao inimigo, mas se une ao inimigo, sem saber. Porque Jesus diz: 'Quem não é comigo, contra mim é". Se você não está seguindo a Jesus naturalmente, mesmo você não querendo, já pertence ao território inimigo. Agora, se você pertence ao território inimigo, o que o diabo vai fazer? Deixa você tranqüilo, para que molestar você? Agora, tente seguir a Jesus para ver o que vai acontecer...

Pr. Costa Jr.: - O que o senhor diria, pastor Bullón, para o leitor que talvez não tenha nunca feito planos de ser um cristão ou de seguir a vida cristã, ou de ser um seguidor de Jesus? Vale a pena ser um cristão?

Pr. Bullón: - Em primeiro lugar eu gostaria de dizer uma coisa. Eu creio que os seres humanos não entendem o que é vida cristã. Os seres humanos acham que vida cristã é entrar numa igreja e começar a obedecer tudo que a igreja quer, que a igreja pede. Ou então, vida cristã, para as mulheres, é não cortar o cabelo ou não usar calça comprida. Para muitos vida cristã é não ter televisão em casa, vida cristã é não fumar, não beber, não comer carne de porco, não isso e não aquilo. Isso não é vida cristã! Tudo isso poderá ser um resultado final da vida cristã. Mas vida cristã basicamente é companheirismo com Cristo.
A primeira coisa que Cristo faz em nossa vida é colocar paz no coração. Começamos a refletir essa paz nos olhos. Nossa vida começa a mudar. A esposa e os filhos são os primeiros a perceberem que a vida da gente mudou. Os amigos perceberão. O patrão verá que o rapaz que antes chegava tarde, que antes só vivia reclamando(quando não conhecia Cristo) agora que conheceu a Cristo, é o primeiro a chegar e o último a sair, e quer colaborar com o patrão. O patrão que antes era injusto, que explorava os seus empregados, agora com Cristo vai começar a ser um homem humano, compreensivo. Quer dizer, as pessoas vão perceber que nossa vida mudou.

Olhe, se Cristo não trouxe paz ao nosso coração, se Cristo não transformou a nossa vida, então o cristianismo não fez nada. Cristianismo não é somente comprar uma Bíblia, um terno e andar domingo ou sábado com a Bíblia debaixo do braço. Esse tipo de cristianismo é casca, é oco, não tem conteúdo. Mahatma Ghandi, o grande lider hindu, um dia, depois de escutar toda a doutrina cristã disse: "Eu me tornaria cristão se não fosse por culpa dos cristãos."

Pr. Costa Jr.: - Que coisa triste, não é mesmo?

Pr. Bullón: - Temos que reconhecer que há cristãos chatos, há cristãos que onde chegam incomodam. Há inveja, há fofoca. Que tipo de cristianismo é esse? Nós cristãos corremos o perigo de viver só de aparência. Podemos dizer: "É bonito! Glória a Deus, aleluia", mas a vida não mudou. O cristianismo não pode ser apenas uma teoria. Cristianismo é Cristo transformando a nossa vida para melhor.

Pr. Costa Jr.: - Pr. Bullón, ore para que as pessoas que estão nos ouvindo, ou lendo esta palestra, possam ser guiadas, protegidas e orientadas por Deus, sobre como viver uma vida cristã.

ORAÇÃO:

Pai querido, milhares e milhares de pessoas estão abrindo o coração e dizendo: "Senhor Jesus, ajuda-me a caminhar pela vida com a certeza de que não estou sozinho". Realmente, para quem entregou a vida a Cristo, não há momento de solidão, porque o braço poderoso de Jesus toma essa frágil mão e a leva de vitória em vitória até a vitória final. Toma Teus filhos, aceita-os. Perdoa-nos, se é preciso perdoar. Transforma-nos, se é preciso transformar. Desperta-nos, se é preciso nos acordar. Mas Pai, que todos possam desfrutar da paz que só Jesus é capaz de oferecer. Em nome de Jesus. Amém.


terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Tempo do Advento


Introdução

A palavra "advento" quer dizer "que está para vir". O tempo do Advento é para toda a Igreja, momento de forte mergulho na liturgia e na mística cristã. É tempo de espera e esperança, de estarmos atentos e vigilantes, preparando-nos alegremente para a vinda do Senhor, como uma noiva que se enfeita, se prepara para a chegada de seu noivo, seu amado.

O Advento começa às vésperas do Domingo mais próximo do dia 30 de Novembro e vai até as primeiras vésperas do Natal de Jesus contando quatro domingos.

Esse Tempo possui duas características: As duas últimas semanas, dos dias 17 a 24 de dezembro, visam em especial, a preparação para a celebração do Natal, a primeira vinda de Jesus entre nós. Nas duas primeiras semanas, a nossa expectativa se volta para a segunda vinda definitiva e gloriosa de Jesus Cristo, Salvador e Senhor da história, no final dos tempos. Por isto, o Tempo do Advento é um tempo de piedosa e alegre expectativa.

Origem

Há relatos de que o Advento começou a ser vivido entre os séculos IV e VII em vários lugares do mundo, como preparação para a festa do Natal. No final do século IV na Gália (atual França) e na Espanha tinha caráter ascético com jejum abstinência e duração de 6 semanas como na Quaresma (quaresma de S. Martinho). Este caráter ascético para a preparação do Natal se devia à preparação dos catecúmenos para o batismo na festa da Epifania. Somente no final do século VII, em Roma, é acrescentado o aspecto escatológico do Advento, recordando a segunda vinda do Senhor e passou a ser celebrado durante 5 domingos.

Só após a reforma litúrgica é que o Advento passou a ser celebrado nos seus dois aspectos: a vinda definitiva do Senhor e a preparação para o Natal, mantendo a tradição das 4 semanas. A Igreja entendeu que não podia celebrar a liturgia, sem levar em consideração a sua essencial dimensão escatológica.

Teologia do Advento

O Advento recorda a dimensão histórica da salvação, evidencia a dimensão escatológica do mistério cristão e nos insere no caráter missionário da vinda de Cristo. Ao serem aprofundados os textos litúrgicos desse tempo, constata-se na história da humanidade o mistério da vinda do Senhor. Jesus que de fato se encarna e se torna presença salvífica na história, confirmando a promessa e a aliança feita ao povo de Israel. Deus que, ao se fazer carne, plenifica o tempo (Gl 4,4) e torna próximo o Reino (Mc 1,15) . O Advento recorda também o Deus da revelação, Aquele que é, que era e que vem (Ap 1, 4-8), que está sempre realizando a salvação mas cuja consumação se cumprirá no "dia do Senhor", no final dos tempos. O caráter missionário do Advento se manifesta na Igreja pelo anúncio do Reino e a sua acolhida pelo coração do homem até a manifestação gloriosa de Cristo. As figuras de João Batista e Maria são exemplos concretos da missionariedade de cada cristão, quer preparando o caminho do Senhor, quer levando o Cristo ao irmão para o santificar. Não se pode esquecer que toda a humanidade e a criação vivem em clima de advento, de ansiosa espera da manifestação cada vez mais visível do Reino de Deus.

A celebração do Advento é, portanto, um meio precioso e indispensável para nos ensinar sobre o mistério da salvação e assim termos a Jesus como referencia e fundamento, dispondo-nos a "perder" a vida em favor do anúncio e instalação do Reino.

Espiritualidade do advento

A liturgia do Advento nos impulsiona a reviver alguns dos valores essenciais cristãos, como a alegria expectante e vigilante, a esperança, a pobreza, a conversão.

Deus é fiel a suas promessas: o Salvador virá; daí a alegre expectativa, que deve nesse tempo, não só ser lembrada, mas vivida, pois aquilo que se espera acontecerá com certeza. Portanto, não se está diante de algo irreal, fictício, passado, mas diante de uma realidade concreta e atual. A esperança da Igreja é a esperança de Israel já realizada em Cristo mas que só se consumará definitivamente na parusia do Senhor. Por isso, o brado da Igreja característico nesse tempo é "Marana tha"! Vem Senhor Jesus!

O tempo do Advento é tempo de esperança porque Cristo é a nossa esperança (I Tm 1, 1); esperança na renovação de todas as coisas, na libertação das nossas misérias, pecados, fraquezas, na vida eterna, esperança que nos forma na paciência diante das dificuldades e tribulações da vida, diante das perseguições, etc.

O Advento também é tempo propício à conversão. Sem um retorno de todo o ser a Cristo não há como viver a alegria e a esperança na expectativa da Sua vinda. É necessário que "preparemos o caminho do Senhor" nas nossas próprias vidas, "lutando até o sangue" contra o pecado, através de uma maior disposição para a oração e mergulho na Palavra.

No Advento, precisamos nos questionar e aprofundar a vivência da pobreza. Não pobreza econômica, mas principalmente aquela que leva a confiar, se abandonar e depender inteiramente de Deus (e não dos bens terrenos), que tem n'Ele a única riqueza, a única esperança e que conduz à verdadeira humildade, mansidão e posse do Reino.

As Figuras do Advento:
ISAIAS

É o profeta que, durante os tempos difíceis do exílio do povo eleito, levava a consolação e a esperança. Na segunda parte do seu livro, dos capítulos 40 - 55 (Livro da Consolação), anuncia a libertação, fala de um novo e glorioso êxodo e da criação de uma nova Jerusalém, reanimando assim, os exilados.

As principais passagens deste livro são proclamadas durante o tempo do Advento num anúncio perene de esperança para os homens de todos os tempos.

JOÃO BATISTA

É o último dos profetas e segundo o próprio Jesus, "mais que um profeta", "o maior entre os que nasceram de mulher", o mensageiro que veio diante d'Ele a fim de lhe preparar o caminho, anunciando a sua vinda (conf. Lc 7, 26 - 28), pregando aos povos a conversão, pelo conhecimento da salvação e perdão dos pecados (Lc 1, 76s).

A figura de João Batista ao ser o precursor do Senhor e aponta-lO como presença já estabelecida no meio do povo, encarna todo o espírito do Advento; por isso ele ocupa um grande espaço na liturgia desse tempo, em especial no segundo e no terceiro domingo.

João Batista é o modelo dos que são consagrados a Deus e que, no mundo de hoje, são chamados a também ser profetas e profecias do reino, vozes no deserto e caminho que sinaliza para o Senhor, permitindo, na própria vida, o crescimento de Jesus e a diminuição de si mesmo, levando, por sua vez os homens a despertar do torpor do pecado.

MARIA

Não há melhor maneira de se viver o Advento que unindo-se a Maria como mãe, grávida de Jesus, esperando o seu nascimento. Assim como Deus precisou do sim de Maria, hoje, Ele também precisa do nosso sim para poder nascer e se manifestar no mundo; assim como Maria se "preparou" para o nascimento de Jesus, a começar pele renúncia e mudança de seus planos pessoais para sua vida inteira, nós precisamos nos preparar para vivenciar o Seu nascimento em nós mesmos e no mundo, também numa disposição de "Faça-se em mim segundo a sua Palavra" (Lc 1, 38), permitindo uma conversão do nosso modo de pensar, da nossa mentalidade, do nosso modo de viver, agir etc.

Em Maria encontramos se realizando, a expectativa messiânica de todo o Antigo Testamento.

JOSÉ

Nos textos bíblicos do Advento, se destaca José, esposo de Maria, o homem justo e humilde que aceita a missão de ser o pai adotivo de Jesus. Ao ser da descendência de Davi e pai legal de Jesus, José tem um lugar especial na encarnação, permitindo que se cumpra em Jesus o título messiânico de "Filho de Davi".

José é justo por causa de sua fé, modelo de fé dos que querem entrar em diálogo e comunhão com Deus.

A Celebração do Advento

O Advento deve ser celebrado com sobriedade e com discreta alegria. Não se canta o Glória, para que na festa do Natal, nos unamos aos anjos e entoemos este hino como algo novo, dando glória a Deus pela salvação que realiza no meio de nós. Pelo mesmo motivo, o diretório litúrgico da CNBB orienta que flores e instrumentos sejam usados com moderação, para que não seja antecipada a plena alegria do Natal de Jesus.

As vestes litúrgicas (casula, estola etc) são de cor roxa, bem como o pano que recobre o ambão, como sinal de conversão em preparação para a festa do Natal com exceção do terceiro domingo do Advento, Domingo da Alegria ou Domingo Gaudete, cuja cor tradicionalmente usada é a rósea, em substituição ao roxo, para revelar a alegria da vinda do libertador que está bem próxima e se refere a segunda leitura que diz: Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito, alegrai-vos, pois o Senhor está perto.(Fl 4, 4).

Vários símbolos do Advento nos ajudam a mergulhar no mistério da encarnação e a vivenciar melhor este tempo. Entre eles há a coroa ou grinalda do Advento. Ela é feita de galhos sempre verdes entrelaçados, formando um círculo, no qual são colocadas 4 grandes velas representando as 4 semanas do Advento. A coroa pode ser pendurada no prebistério, colocada no canto do altar ou em qualquer outro lugar visível. A cada domingo uma vela é acesa; no 1° domingo uma, no segundo duas e assim por diante até serem acesas as 4 velas no 4° domingo. A luz nascente indica a proximidade do Natal, quando Cristo salvador e luz do mundo brilhará para toda a humanidade, e representa também, nossa fé e nossa alegria pelo Deus que vem. O círculo sem começo e sem fim simboliza a eternidade; os ramos sempre verdes são sinais de esperança e da vida nova que Cristo trará e que não passa. A fita vermelha que enfeita a coroa representa o amor de Deus que nos envolve e a manifestação do nosso amor que espera ansioso o nascimento do Filho de Deus. A cor roxa das velas nos convida a purificar nossos corações em preparação para acolher o Cristo que vem. A vela de cor rosa, nos chama a alegria, pois o Senhor está próximo. Os detalhes dourados prefiguram a glória do Reino que virá.

Podemos também, em nossas casas, com as nossas famílias, mergulhar no espírito do Advento celebrando-o com a ajuda da coroa do Advento que pode ser colocada ao lado da mesa de refeição.


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