sexta-feira, 31 de maio de 2013

Visitação de Nossa Senhora

 No dia 31 de maio celebramos a festa litúrgica de Nossa Senhora em visita a sua prima Isabel. "Naqueles dias, Maria pôsse a caminho para uma região montanhosa, dirigindo-se apressadamente a uma cidade de Judá. Entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. 

Ora, quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ven­tre, Isabel ficou repleta do Espírito Santo e exclamou: 'Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me vem que a mãe do meu Senhor me visi­te? Pois, quando a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria em meu ventre. Feliz és tu que acre­ditaste, pois o que foi dito da parte do Se­nhor será cumprido'. 

Maria então disse: A minha alma engrandece o Senhor e o meu espírito exulta em Deus, meu Salvador, porque olhou para a humildade de sua serva. Sim! Doravante as gerações todas me chamarão bem-aventurada, pois o Todo-poderoso fez grandes coisas por mim. 

O seu nome é santo e sua misericórdia perdura de geração em geração, para aqueles que o temem. Agiu com a força de seu braço, dispersou os homens de corações orgulhosos. 

Depôs poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Cumulou de bens os famintos e despediu ricos de mãos vazias. Socorreu Israel seu servo, lembrado de sua misericórdia, conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência para sempre" (Lc 1,39-56).

Até o momento da anunciação Maria vivia voltada para Deus, no seu silêncio e na sua vida de oração. Mas, logo em segui­da, ela descobre que não é apenas desti­natária de tão grande graça de Deus, ela é agora portadora dessa graça. Ela vai ao encontro de Isabel, com a alma em festa, levando o menino Jesus em seu seio. 

Ela é a nova Arca da Aliança, que semeia um ras­tro de bênçãos por onde passa. Isabel representa o povo de Israel que espera a intervenção salvadora de Deus, Maria é o seio que gera o Salvador. Ali acontece a grande manifestação da glória de Deus, pois, o tempo da espera termina e começa, com Jesus, o tempo do cumprimento de tudo o que foi prometido por Deus e esperado pela humanidade.

Pe. Vicente André, C.SS. R
Revista de Aparecida – Campanha dos devotos.

Corpus Chisti

No feriado de Corpus Christi católicos fiéis do mundo todo celebram o “Corpo de Cristo”. Mas, o que exatamente significa isso e por que esse feriado não é comemorado sempre no mesmo dia, em todos os anos?

A festa de Corpus Christi celebra a presença do corpo e sangue de Cristo e é um dos sacramentos da Eucaristia. Segundo as religiões cristãs, na quinta-feira santa, dia que antecedeu a sua morte, Jesus Cristo reuniu os seus apóstolos para a Última Ceia, quando disse: “Isto é o meu corpo (apontando para o pão), e isto é o meu sangue (apontando para o vinho)”.  Os católicos do mundo todo agradecem então, o dom da Eucaristia, no qual crêem que Deus é o alimento espiritual da alma. 
A celebração da data teve início em 1193, por iniciativa da religiosa belga Juliana de Cornellon, que disse ter visto a Virgem Maria pedindo para que ela realizasse uma grande festa com o intuito de honrar o corpo de Jesus na Eucaristia.  Anos mais tarde, em 1264, o papa Urbano IV consagrou a festa (que já acontecia)  à Igreja Universal. Através da publicação da bulaTransituru do Mundo, Urbano IV decretou a celebração como sendo oficial, e com a tríplice finalidade: honrar Jesus Cristo, pedir perdão a Jesus pelo que foi feito a ele e protestar contra aqueles que negavam a presença de Deus na hóstia sagrada.

De acordo com a Igreja Católica, durante a missa,  no momento em que o sacerdote proclama as palavras “Isto é o meu corpo e isto é o meu sangue”, ocorre o ato da transubstanciação, por meio do qual a substância do pão e vinho (neste caso, a hóstia e o vinho) se transforma no corpo e sangue de Cristo. Este é o momento mais importante de toda a celebração de Corpus Christi – as hóstias até então não consagradas, tornam-se consagradas.
Hóstias
As hóstias são feitas de farinha de trigo e água. Antigamente eram feitas apenas por religiosos, mas hoje em dia, a coisa mudou. Existem fábricas espalhadas pelo mundo todo  que produzem apenas hóstias. Elas são comercializadas em pacotes de mil unidades. Não existe “fórmula secreta”, já que os ingredientes não podem variar, porém,  de acordo com os fabricantes, o segredo está em bater e cortar a massa, para que ela fique consistente e não esfarele quando for partida pelo padre durante a santa missa.  As hóstias têm ainda um prazo de validade – 6 meses – e, atualmente, são comercializadas até pela Internet. Mas, lembre-se, hóstia consagrada só mesmo após a transubstanciação.


Além da missa, outro ponto forte da celebração de Corpus Christi é a procissão. Em muitas cidades é costume enfeitar as ruas por onde os fiéis passarão. Para tanto, são confeccionados tapetes coloridos e feitos com os mais variados materiais como papel, serragem colorida, isopor, tampinhas de garrafas, flores, folhas e vidro moído. Nesse tapete são confeccionados desenhos que lembram a figura de Jesus, o cálice e o pão.
No Brasil, algumas procissões são famosas, como a da cidade histórica de Ouro Preto, em Minas Gerais, que foi inclusive a primeira cidade brasileira a enfeitar as ruas nessa data. As cidades do interior do Brasil são as que mais se destacam no “quesito” procissões. Matão, no interior de São Paulo, realiza uma das procissões mais famosas do Brasil. Destaque também para as procissões de Castelo (ES), São José do Rio Preto (SP), Rodeio (SC), Cabo Frio (RJ), entre outras.

E quando se comemora Corpus Christi?
O feriado de Corpus Christi é uma das festividades móveis que giram em torno da Páscoa. A Páscoa é comemorada no primeiro domingo depois da lua cheia de 21 de março. Veja como funcionam essas festividades móveis que são calculadas a partir da Páscoa:

- Quaresma: período que compreende os 40 dias que antecedem a Páscoa;

- Domingo de Ramos:  domingo que antecede o domingo de Páscoa;

- Pentecostes: celebrado após 50 dias do domingo de Páscoa;

- Corpus Christi: celebrado na quinta-feira após o domingo de Pentecostes.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Aparições de Nossa Senhora

Histórico das aparições (resumo)
APARIÇÕES QUE SE PROLONGAM POR MAIS DE 29 ANOS
Desde 24 de junho de 1981, Nossa Senhora vem aparecendo em Mediugórie (Bósnia-Herzegóvina). Ela se apresenta como Rainha da Paz e faz ao mundo um último apelo à conversão, através de 6 videntes: Jakov (Iákov), Ivanka, Ivan (ívan), Marija (Mariia), Mirjana (Miriana) e Vicka (Vítiska). São as mais longas e mais intensas aparições da nossa história e Nossa Senhora diz que estas são as últimas.
A INDESCRITÍVEL BELEZA DE NOSSA SENHORA
A Virgem Maria aparece como uma lindíssima jovem. Sua voz é harmoniosa, parece uma canção; tem cabelos longos e escuros, olhos azuis e face rosada. Usa, normalmente, um vestido de cor cinza e véu branco. Sobre a cabeça, uma coroa de 12 estrelas. Os pés estão apoiados em nuvem que não toca o chão.
NOSSA SENHORA APARECEU A OUTRAS PESSOAS
Certo dia, Ela apareceu na Igreja e foi vista por paroquianos, peregrinos e um sacerdote. Outra vez, apareceu na Montanha da Cruz, permanecendo ali durante 35 minutos, sendo admirada por várias pessoas presentes.
ANJO PREPARA JELENA PARA FALAR COM NOSSA SENHORA
A jovem estudante, Jelena (pronuncia-se Iélena), foi visitada algumas vezes por um anjo que lhe falava dos planos de Nossa Senhora. Ela e Mariana vêem e ouvem a Virgem Maria, diariamente, com o coração, quando estão em oração profunda (Locução Interior).
SINAIS VISTOS EM MEDIUGÓRIE
Grandes chamas foram vistas na Colina das Aparições, mas nada ficou queimado. No céu, apareceu a palavra MIR (paz), em letras douradas, vinda da Montanha da Cruz em direção à Igreja. Quase todos os peregrinos que vão a Mediugórie afirmam ver sinais no sol, na lua e nas estrelas.
CURAS FÍSICAS E ESPIRITUAIS
Centenas de curas milagrosas estão documentadas no escritório paroquial. As curas espirituais e as conversões ocorrem de forma constante e torrencial.
PADRE É PRESO, MAS CELA FICA ABERTA
No início das aparições, o governo – comunista, na época – determinou a prisão do vigário, Padre Iozo. As fechaduras das celas em que ficava, mesmo sendo trocadas várias vezes, não fechavam. As luzes acendiam sozinhas em sua cela. Os policiais desligavam o interruptor, mas a luz permanecia acesa ou voltava a acender.
10 SEGREDOS PARA A HUMANIDADE
Nossa Senhora confiou aos jovens 10 segredos, sobre acontecimentos que sobrevirão, em breve, à humanidade. Por escolha de Miriana e com o consentimento de Nossa Senhora, o Padre Petar (49 anos) divulgará para todo o mundo cada segredo, 3 dias antes de ocorrer. O 3o. segredo será um grande Sinal visível, palpável e permanente, a ser deixado na Colina das Aparições. Os jovens já o contemplaram, em visão. Depois dele, os incrédulos sentirão grande sofrimento interior, um terrível remorso. Eles acreditarão, mas não haverá mais tempo para a conversão. Após a realização do 10o. segredo, o poder de satanás será destruído e um Novo Pentecostes marcará o início de um Novo Tempo. Estes segredos constam do documento entregue por Nossa Senhora a Miriana. Só Miriana consegue ler ali os segredos. As outras pessoas vêem um trecho da Bíblia, um cântico, uma mensagem, etc . Fragmento deste documento foi examinado por cientistas que afirmam ser sua composição dc origem desconhecida na Terra. Este período que antecede os acontecimentos é um tempo de graça que Deus está concedendo para a nossa conversão.
FENÔMENOS QUE INTRIGAM OS CIENTISTAS
Físicos nucleares foram a Mediugórie. Seus sofisticados aparelhos de medir energia radioativa acusaram uma taxa tão elevada na hora da aparição que, se fosse radioatividade, seria mortal para todos. Foi registrada, também, na sala das aparições, uma inexplicável e altíssima concentração iônica.
POSIÇÃO DA IGREJA
A Santa Sé vem acompanhando o desenvolvimento das aparições em Mediugórie inclusive mediante Comissões de Bispos especialmente designadas.
AS MENSAGENS
As mensagens dadas por Nossa Senhora em Mediugórie são um urgente apelo à paz, conversão, oração jejum e vida sacramental. Em abril de 1985, Ela disse que daria mensagens como jamais ocorreu em qualquer lugar, em toda a história, desde o início do mundo.
VIVENDO AS MENSAGENS
Resumo prática dos pedidos de Nossa Senhora (as “cinco pedrinhas”):
· ROSÁRIO completo – reza diária.
· MISSA – participação diária, ou pelo menos aos Domingos, com comunhão;
· BÍBLIA – leitura diária de pequenos trechos, vivenciando-os. Nas quintas-feiras, ler Mateus 6,24-34;
· JEJUM – praticá-lo às quartas e sextas-feiras, a pão e água, com mais amor e mais oração;
· CONFISSÄO – fazê-la mensalmente.
AMOR – “Desejo que vocês amem a todos com o meu amor, quer aos bons quer aos maus. O amor aceita tudo o que é duro e amargo por causa de Jesus que é amor “.
TRANSMISSÃO DAS MENSAGENS
Nossa Senhora pede-nos que vivamos as suas Mensagens, que as plantemos em nossos corações e que as transmitamos aos outros. Que leiamos diariamente as mensagens e as transformemos em vida.

(Fonte: http://www.servosdarainha.org.br/info.htm)


sábado, 25 de maio de 2013

Santíssima Trindade


 A Santíssima Trindade é um mistério de um só Deus em três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. 

Pai que é Deus, que é Amor: somente o Pai que ama respeita a liberdade de seu filho.
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Filho que é Jesus Cristo: é o Deus visível que se fez homem, nascendo da Virgem Maria para cumprir a vontade de Deus de libertar os homens do pecado.
Jesus é Deus e as principais provas são:
a) O próprio Jesus diz-se Deus (Jo 10, 30 / 14, 7 e Lc 22, 67-70) .
b) Os milagres eram feitos pelo próprio Jesus, e não por meio de Jesus.


Espírito Santo que é o Amor do Pai e do Filho que nos é comunicado e transmitido. Segundo o CREDO, Jesus foi concebido pelo Poder do Espírito Santo, nascido da Virgem Maria. Maria foi então convidada a conceber Jesus e a concepção de Jesus foi obra do poder do Divino Espírito Santo: "O Espírito virá sobre Ti..." A missão do Espírito Santo está sempre conjugada e ordenada à do Filho, ou seja, toda a vida de Jesus manifesta a vontade do Pai que por sua vez é manifestada pelo Espírito Santo.

Um fato dos Evangelhos é que os Apóstolos estavam com muito medo após a morte de Jesus. Foi à descida do Espírito Santo sobre eles que os transformou radicalmente e deu coragem para que saíssem anunciando o Evangelho. O mesmo Espírito Santo que deu forças aos apóstolos e mártires é recebido no sacramento da Crisma, e aí está a importância deste sacramento no fortalecimento da Fé e na profissão do Cristianismo de cada um.

O Dogma da Santíssima Trindade

A Trindade é Una; não professamos três deuses, mas um só Deus em três Pessoas. Cada uma das três Pessoas é a substância, a essência ou a natureza divina, As pessoas divinas são distintas entre si pela sua relação de origem: o Pai gera; o Filho é gerado; o Espírito Santo é quem procede. Ou seja, ao Paiatribui-se a criação ao Filho atribui-se a Redenção e ao Espírito Santo atribui-se a Santificação.

Resumindo, o mistério da Santíssima Trindade é o mistério central da fé e da vida cristã. Só Deus pode nos dar a conhecer, revelando-se como Pai, Filho e Espírito Santo.

Pela graça do Batismo "Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" somos chamados a compartilhar da vida da Santíssima Trindade, aqui na Terra na obscuridade de nossa fé e para além da morte, na luz eterna. Pela Confirmação ou Crisma, como o próprio nome diz, somos chamados a confirmar essa fé ora recebida para que, além de vivermos segundo a Palavra de Deus, darmos testemunho dela e levá-la por toda à parte.



segunda-feira, 20 de maio de 2013

Viver em Cristo


2Coríntios 5.15
 14 Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram. 15 E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. 16 Assim que, nós, daqui por diante, a ninguém conhecemos segundo a carne; e, se antes conhecemos Cristo segundo a carne, já agora não o conhecemos deste modo. 17 E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura2; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.

“Todos” aqui não se refere à humanidade inteira, mas a todos os salvos, o “nos” do v.14 e o “nós” do v.16.
É muito agradável o crente poder dizer: “Pois é amigo, Cristo morreu pelos meus pecados. Como é que pode, o próprio Filho de Deus, deixar o céu e vir a esse mundo perdido, dar a vida por mim. É muito amor. É demais, fico até encabulado. Fico constrangido com tanto amor”.
Só que Paulo não deixa o crente parar o raciocínio nesse ponto. Como se perguntasse:
- Então você acha bom dizer que Cristo morreu no seu lugar! E essa substituição foi para valer mesmo? Ótimo.Mas sabe o que isso significa? Que a sua vida não tem mais o menor sentido à parte de Cristo. Você a teria perdido se não fosse Ele. Sua vida agora é dEle. Por uma questão de lógica, de coerência, de obrigação e de gratidão, você agora tem de viver para Cristo.
Este é o assunto desta pregação.

Vejamos 4 pontos sobre o VIVER PARA CRISTO:
1) Viver para Cristo é ter na terra uma vida nova, totalmente diferente da antiga
a) Diferente na essência, na própria fonte: Gl 2.19-20
Viver para Cristo é ser alimentado por outra fonte de vida.
É deixar-se invadir por outra vida, muito mais poderosa.
É passar a ter uma vida compartilhada, mas um compartilhamento desigual: o antigo rei, o “ego”, sai do comando e entrega a outro Rei, o Rei dos reis. Assim, Cristo passa a viver através de você.
- Mas como minha vidinha aqui, egoísta, míope, pecadora, passou por uma transformação tão grande e tão nobre? Pela fé. É a fé que garante que o infinito fluxo de vida de Cristo passe por você.
Com um ente Santo como Cristo, vivendo em você, você pode ter comunhão com um Deus Santo.
Pela fé, você pode se deixar embeber por Quem tem total intimidade com Deus.
Pela fé, vive em você um especialista em saber agradar completamente a Deus.

b) Diferente nos propósitos, nos padrões, nos alvos: v. 17 (de 2Co 5)
Antes da conversão o seu alvo era agradar a si mesmo.
Foi tão ruim que você saiu correndo para os pés de Cristo e implorou por salvação! E agora, já salvo, é razoável o mesmo procedimento?
Tudo é novo. Inclusive o ALVO da sua vida. Ter a si próprio como alvo é uma má idéia.
E ter o MUNDO como alvo, além de má idéia, é uma afronta a Deus - 1Jo 2.15; Tg 4.4
Apenas um tem o DIREITO de ser o Alvo da sua vida: Cristo. Se Ele morreu por você, você deve viver para Ele!

A vida em Cristo é tão vital, que todo crente deveria poder dizer: “A minha vida é a coisa mais ridícula, vazia, sem sentido do mundo, se tirar Cristo.”
Paulo tinha essa mesma convicção para si mesmo:
Fp 1.21a: ... para mim o viver É Cristo...
Talvez poucas vezes na literatura o verbo “Ser” adquiriu uma força tão grande. Essa deve ser a frase mais concisa já escrita por um ser humano. Paulo não disse:
...o meu viver é PENSAR em Cristo
... o meu viver é SERVIR a Cristo
... o meu viver a AMAR a Cristo
... o meu viver é OBEDECER a Cristo
Tudo isso é verdade, mas ainda é pouco, perto do que ele quis dizer. Some tudo, acrescente ainda muitas coisas e então chegaremos perto do que significa “o meu viver É Cristo”.

2) Viver para Cristo é ter uma visão diferente sobre a morte física
Fp 1.21b: ... e o MORRER é LUCRO.
Lucro: até a palavra é agradável. Como as pessoas amam o lucro. E correm atrás dele.
Morte: palavra desagradável, apavorante. As pessoas correm para longe dela.
E aqui estão juntas! Parece mau gosto, como colocar calda de chocolate sobre o filé.Coisa esquisita, quase louca! E é mesmo, para a
grande maioria dos homens.
Só vê sentido nisso aquele cujo viver é Cristo.
Um bom teste quanto ao seu estado espiritual: você acha que o seu morrer será lucro?

3) Viver para Cristo é morrer para o mundo
Já comentamos que, se Cristo agora vive em mim, os meus interesses, os meus padrões devem passar a ser os mesmos dEle.
Mas os interesses e padrões dEle são opostos ao deste mundo: Jo 8.23; 17.14,16. Então os seus devem ser também.
Á medida que Cristo se aproxima de você, você deve ter vontade de afastar-se do mundo. E se você chega ao ponto de poder dizer que Cristo vive em você, o outro lado da moeda é poder dizer que o mundo morreu para você.
É exatamente o que Paulo diz em Gl 6.14.

4) Viver para Cristo é ter uma VIDA DE APRENDIZADO das coisas dEle.
O crente deve rasgar o antigo Estatuto de vida e andar conforme o Estatuto de Cristo.
E Ele se dispõe a ensiná-los a nós: Jo 14.26; Jo 16.13-14.
Para aprender, precisamos nos esvaziar das nossas fraquezas, egoísmo, carnalidade. E permitir que Jesus coloque sobre nós a Sua influência, pensamentos, idéias, a Sua própria mente: 1Co 2.16.

Irmão: façar do seu “viver para Cristo” uma experiência cada vez mais intensa.

Quanto a você, que ainda vive para agradar a si mesmo, cuidado! Esse alvo lhe levará ao inferno. Receba a vida eterna em Cristo e passe a viver agora mesmo para Ele!

Amém





quarta-feira, 15 de maio de 2013

Pentecostes: o Espírito Santo gera unidade na diversidade

"Todos ficaram repletos do Espírito Santo" (At 2,4)

Para entendermos bem o verdadeiro sentido do que foi e é a experiência de Pentecostes ("descida" da Espírito Santo sobre as comunidades) é bom partirmos da nossa realidade e focalizando o mapa do Brasil. Faz bem recordar a diversidade, complexidade e os contrastes, presente no nosso país. Por exemplo, o Brasil tem 8.511.965 Km2; extensão territorial de um continente; 27 estados, quase 5.500 municípios; Diversidade de culturas regionais; um caldeirão de igrejas e religiões "pra todos os gostos"; salário mínimo de Rs 180,00; Salário máximo beirando "as nuvens"; campeão em desigualdade social e distribuição de renda; 1% dos brasileiros possuem 48% da terra do Brasil; Poucos com terra (e riqueza) demais, enquanto a maioria sobrevive sem terra e na miséria; etc, etc. É bom levar no coração e na memória esta realidade brasileira para extrair o sentido em si de Pentecostes e acolher a mensagem que Deus quer nos comunicar através dos primeiros cristãos e cristãs.

Na festa de Pentecostes o Movimento de Jesus, depois da ressurreição, realiza o seu primeiro grande testemunho público em Jerusalém nos anos 30 a 32. Ali nasce a primeira comunidade cristã, sob a inspiração do Espírito Santo. Pentecostes é a primeira memorável aparição da comunidade cristã primitiva. Memorável, não somente porque recebiam a “promessa do Pai” (At 1,4) e o batismo no Espírito, mas era o momento de confrontar com todo o Israel reunido para a grande festa de Pentecostes. Aparecer publicamente empunhando pela primeira vez a bandeira do projeto de Jesus, executado a apenas 50 dias era um desafio enorme.

Pentecostes marca o antes e o depois dessa comunidade. Antes, pessoas tremendo de medo, com esperança por um fio, dispersas e desunidas. Depois, pessoas corajosas, cheias de esperança, re-unidas, organizadas e articuladas. Os discípulos e as discípulas de Jesus caminharam com o mestre, unidos, da Galiléia a Jerusalém; A execução de Jesus foi "uma tragédia" que dispersou e "desuniu" o grupo, mas com a experiência da Ressurreição, pouco-a-pouco, o grupo foi se re-unindo, elaborando aquele trauma um Espírito novo e animador foi gradativamente contagiando o Movimento de Jesus.

Uma primeira questão a ser respondida é: Teve um único Pentecostes nas comunidades cristãs? Ou foram vários? No livro de Atos fala-se de vários Pentecostes: a) O do Movimento de Jesus, em Jerusalém (At 2,1-13); b) Outro Pentecostes em At 4,31; c) Em At 8,17 relata o Pentecostes dos Samaritanos. d) Em At 10,44-45 Lucas relata o Pentecostes dos pagãos. Estes recebem o Espírito ao ouvir a Palavra do apóstolo Pedro, antes de serem batizados; O Espírito sempre vai na frente; permeia toda a realidade, está em tudo, inunda e contagia tudo e todos; e) Na missão de Paulo o Espírito "desce" outras vezes sobre o povo. As pessoas movidas pelo Espírito começam a falar em línguas e a profetizar (19,4-6). 

Em diversas ocasiões Lucas relata o Espírito descendo sobre as comunidades para que se cumpra o desejo de Deus (e de Moisés): "Tomara que todo o povo de Javé fosse profeta e recebesse o Espírito de Javé!" (Nm 11,29).
1. Hoje também acontece Pentecostes. Na sua comunidade houve algum Pentecostes? Quando? Como? Por que você o chama de Pentecostes?
2. Vamos ler o texto: At 2,1-41. O texto inicia com a descrição de um fato (At 2,1-13). Em seguida, traz o resumo de um discurso que interpreta a mensagem do fato (At 2,14-36). Ele termina com a descrição de outro fato, no qual aparece o resultado da aceitação da mensagem na vida do povo (At 2,37-41).
3. No texto, onde Deus se manifesta? Como? A quem? Para quê? Qual a novidade nesta manifestação?
4. Qual a mensagem principal do símbolo das línguas de fogo? E do vento? Como esta mensagem pode ajudar-nos hoje a perceber a ação de Deus na vida e na história das nossas comunidades, em particular nas comunidades?

Pentecostes é uma festa onde mulheres e homens re-unidos agradeciam a Deus pelos frutos da terra, onde se lia o livro de Rute para confirmar o amor de Deus aos povos, onde se acolhia gente de todos os lugares. É numa festa destas que acontece a prometida dádiva do Espírito Santo (At 2,1-13). O lugar do Pentecostes é o coração dos primeiros cristãos. Coração entendido como razão e sentimentos integrados. 

Outra questão que merecer ser bem respondida é: Quem estava re-unido? Por dezenas de séculos foi colocado na cabeça do povo que o Espírito tinha descido sobre os 12 e Maria, a mãe de Jesus. Infelizmente esta foi uma interpretação reducionista que visava enfatizar a presença do Espírito Santo "quase" que só nos bispos, os "sucessores dos Apóstolos". Mas vamos tirar toda e qualquer mordaça da Bíblia e deixar que ela nos fale. Rastreando o primeiro capítulo de Atos concluímos que estavam re-unidos: “Os 11 e os demais: Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago, e as outras que estavam com elas” (Lc 24,10); Cléofas e sua esposa(1) (“os discípulos” de Emaús – Lc 24,13); “algumas mulheres, Maria, a mãe de Jesus, e seus irmãos” (Lc At 1,14); “Galileus” (At 1,11). É esse grupo, citado acima, especificado como "cerca de 120” (cf. At 1,15-26), que participa da Ascensão, do Pentecostes e que escolhe Matias, o substituto de Judas Iscariotes.

Pentecostes: um novo coração

Terminara os cinqüenta dias entre a Páscoa e Pentecostes. Jerusalém estava repleta de peregrinos. Todos teriam trazido as primeiras colheitas para serem ofertadas no Templo. A peregrinação até Jerusalém teria sido linda. Imagine grupos de pessoas caminhando juntos com cestos de uva, trigo, azeitonas, trigo, mel, etc. Sendo acolhidos em Jerusalém ao som de harpa, flauta e recitação de Salmos. Todos carregavam dentro de si o desejo de agradecer a Deus pelas primeiras colheitas e comemorar o “dom da Torá”, da Lei dada ao povo no monte Sinai tantos séculos atrás. Comemorar o recebimento da Torá era o mesmo que afirmar: no dia de sua revelação eu também estava lá. O ontem se torna hoje. 

Lucas descreve o acontecido em Pentecostes tendo na memória a narrativa do Sinai. Era preciso demonstrar que um novo Sinai estava acontecendo para legitimar a ação da comunidade de Jerusalém. Jesus teria dito para voltar a Jerusalém e lá eles receberiam o Espírito Santo. Pentecostes passa a ser o batismo da comunidade cristã, o qual lhe confirma na missão de ir para o mundo e evangelizar. No texto como temos em nossas Bíblias encontramos dois relatos unidos: um mais antigo (At 2,1-4.12-13) e um mais desenvolvido redacionalmente (At 2,5-11). O objetivo do primeiro relato é chamar a atenção para o fato carismático e apocalíptico de Pentecostes. At 1,1-4.12-13 coloca Pentecostes como um "falar em outras línguas", o que pode se referir Glossolalia ("falar em línguas") ou a Xenolalia (= falar em línguas estrangeiras). Já o segundo relato (At 1,5-11) é mais profético e missionário; aqui a beleza de Pentecostes está em que "cada um fala a sua própria língua" (por três vezes se repete esta expressão; cf. At 2,6.8.11) e todos entendiam. Quer dizer, a pedra de toque de Pentecostes é a comunicação que se cria entre pessoas e grupos diferentes, aonde cada um mantém sua própria "língua-cultura". O diferente é acolhido para enriquecimento; o outro não é visto como uma ameaça. A unidade se faz na pluralidade, na diversidade. 

Em Pentecostes Pedro fez um discurso para três mil pessoas que se aglomeram ao redor da casa onde estavam os "120" discípulos e discípulas. Não podemos afirmar que seja uma cifra exata. A comunidade de Atos quer com isso afirmar que a comunidade dos convertidos era tamanha que se podia chamá-la de massa. A multidão reunida provinha de 12 povos e 3 regiões. Basicamente estavam em Jerusalém três grupos: 1) Nativos do oriente (partos, medos e elamitas); 2) Habitantes do leste (Mesopotâmia), norte (Ásia), sul (Líbia) e os da Judéia, Capadócia, Ponto, Frígia, Panfília e Egito; 3) Estrangeiros (romanos judeus e prosélitos, cretenses – povo marítimo – e árabes – povos do deserto). Eloqüente é o fato que Lucas não menciona o território das Igrejas paulinas (Síria, Macedônia e Grécia). Curiosamente Roma é a última; realmente Roma, o coração do Império Romano, era "os confins do mundo" para os cristãos.

Os fariseus, saduceus, essênios e ... contavam o dia de Pentecostes de modo diferente. Debate que durou séculos. Segundo os Rolos do Templo, da gruta 11, os judeus de Qumrã celebravam 3 pentecostes: Festa das Semanas do Novo Trigo (50 dias após a Páscoa); do Novo Vinho (50 dias após a festa do Novo Trigo) e do Novo Óleo (50 dias após a Festa do Novo Vinho). Isto é, depois da Páscoa, de 50 em 50 dias tinha uma festa de Pentecostes por três vezes. Sendo uma das Festas a do Novo Vinho, podemos entender melhor a zombaria de At 2,13: “Eles estão bêbados” (cf. At 2,15). Lucas pode ter conhecido múltiplos Pentecostes entre os contemporâneos Judeus e fez alusão ao Pentecostes do Novo Vinho, quando fala mais propriamente do Pentecostes do Novo Trigo.

Lucas é o único a narrar sobre pentecostes no NT. Paulo era ciente do dom do Espírito Santo (cf. Gal 3,2), mas ele não fala de Pentecostes. O quarto evangelho fala do recebimento do Espírito Santo no dia do túmulo vazio (cf. Jo 20,22), mas não fala de Pentecostes.




segunda-feira, 13 de maio de 2013

Coroação de Nossa Senhora


É tradição dos devotos de Nossa Senhora finalizar o mês de maio com a cerimônia de Coroação de Nossa Senhora.  Qual o significado deste ato de fé para nós?  Será simplesmente uma representação teatral em que crianças vestidas de anjo colocam uma coroa sobre a cabeça de uma imagem?

Para o devoto, coroar Nossa Senhora é demonstrar que a reconhece como rainha.  Rainha de um reino que não é o desse mundo, mas, sim, o reino sonhado por Deus para seus filhos e filhas.  Na história da vida humana de Jesus, Maria tem o papel fundamental.  Seu "sim" sela a encarnação do Filho de Deus como homem e com sua aceitação ela demonstra que é possível uma pessoa fazer de sua vida uma constante escuta da vontade de Deus.

Maria: filha, mulher, mãe.  Filha de pais fiéis a Deus, recebeu deles a educação que lhe abriu o coração para conhecer o Pai do Céu e escutar-Lhe as palavras.  Mulher, engajou-se no seu tempo a prestar atenção aos anseios daqueles que a cercavam e soube fazer de seu serviço uma interceder contínuo pela humanidade.  Mãe, constituiu a personalidade de seu único Filho, ensinou-lhe os passos e fundamentou seu conhecimento de Deus com aquilo que lhe era revelado.  Maria humana, gente, pessoa, que com todas as limitações próprias de sua natureza pode dizer "sim" e ensinar à humanidade a também dizer "sim".

Por isso reconhecê-la como rainha é dar um lugar de destaque à humanidade daquela mulher que enveredou por um caminho desconhecido pelo puro amor a Deus.   Mulher que sentiu a dor do parto, a dor da partida, a dor da perda.  Mulher que trabalhou, que cuidou de sua família, que acompanhou a lida do outro como aquela que oferece o descanso e o alimento.  Mulher que recebeu de seu filho o beijo carinhoso, o reconhecimento do colo, o sorriso cúmplice daqueles que partilham o mesmo entendimento do mundo.  Por sua "humanidade humana" Maria se torna rainha: por ser o exemplo capaz de mostrar a cada um de nós que é possível chegar ao reino que Deus nos prepara.  Basta dizer que sim, que em minha vida seja feita a vontade do Senhor.




segunda-feira, 6 de maio de 2013

O poder da oração

A idéia de que oração possui poder inerente é bem popular. De acordo com a Bíblia, o poder da oração é simplesmente o poder de Deus, o qual escuta e responde às orações. Considere o seguinte:
1) O Senhor todo-poderoso pode fazer qualquer coisa; não há nada impossível para Ele (Lucas 1:37).
2) O Senhor todo-poderoso convida o Seu povo a orar a Ele. Oração a Deus deve ser feita de uma forma bem persistente (Lucas 18:1); com ação de graças (Filipenses 4:6); em fé (Tiago 1:5), de acordo com a vontade de Deus (Mateus 6:10), para a glória de Deus (João 14:13-14) e de um coração correto diante de Deus (Tiago 5:16).
3) O Senhor todo-poderoso escuta as orações de Seus filhos. Ele nos manda orar, e promete escutar nossas orações. “Na minha angústia, invoquei o SENHOR, gritei por socorro ao meu Deus. Ele do seu templo ouviu a minha voz, e o meu clamor lhe penetrou os ouvidos” (Salmos 18:6).
4) O Senhor todo-poderoso responde às orações. “Eu te invoco, ó Deus, pois tu me respondes; inclina-me os ouvidos e acode às minhas palavras” (Salmos 17:6). “Clamam os justos, e o SENHOR os escuta e os livra de todas as suas tribulações” (Salmos 34:17).
Um outra idéia popular é que a quantidade de fé determina se Deus vai ou não responder as nossas orações. No entanto, às vezes o Senhor responde nossas orações apesar da nossa falta de fé. Em Atos 12, a igreja ora pela libertação de Pedro da prisão (v.5), e Deus responde suas orações (v.7-11). Pedro bate à porta do lugar onde as pessoas estavam reunidas para orar, mas aqueles que estavam orando de primeira se recusaram a acreditar que realmente era Pedro. Eles oraram para que Pedro fosse liberto, mas não acreditavam que iriam receber uma resposta à sua oração.
O poder da oração não vem de nós – não são palavras especiais que dizemos ou um jeitinho especial que oramos ou até mesmo quão frequentemente repetimos nossas orações. O poder da oração não é baseado em que direção nos viramos ou qual a posição dos nossos corpos quando oramos. O poder da oração não vem do uso de artefatos, imagens, velas ou do rosário. O poder da oração é baseado em Quem escuta nossa oração e a ela responde. Oração nos coloca em contato com o Deus todo-poderoso, e devemos esperar grandes resultados, quer Deus queira nos dar ou negar o que pedimos, ou até mesmo se Ele pede para que esperemos nEle. Qualquer que seja a resposta das nossas oraçõs, o Deus a quem oramos é a fonte de todo o poder. Ele pode e vai nos responder de acordo com a Sua perfeita vontade e no momento que Ele julgar correto.



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