segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Amizade


Amizade é uma relação afetiva, a princípio, sem características romântico-sexuais, entre duas pessoas. Em sentido amplo, é um relacionamento humano que envolve o conhecimento mútuo e a afeição, além de lealdade ao ponto do altruísmo. Neste aspecto, pode-se dizer que uma relação entre pais e filhos, entre irmãos, demais familiares, cônjuges ou namorados, pode ser também uma relação de amizade, embora não necessariamente.
A amizade pode ter como origem um instinto de sobrevivência da espécie, com a necessidade de proteger e ser protegido por outros seres. Alguns amigos se denominam "melhores amigos". Os melhores amigos muitas vezes se conhecem mais que os próprios familiares e cônjuges, funcionando como um confidente. Para atingir esse grau de amizade, muita confiança e fidelidade são depositadas.
Muitas vezes os interesses dos amigos são parecidos e demonstram um senso de cooperação. Mas também há pessoas que não necessariamente se interessam pelo mesmo tema, mas gostam de partilhar momentos juntos, pela companhia e amizade do outro, mesmo que a atividade não seja a de sua preferência.
A amizade é uma das mais comuns relações interpessoais que a maioria dos seres humanos tem na vida. Em caso de perda da amizade, sugere-se a reconciliação e o perdão. Carl Rogers diz que a amizade "é a aceitação de cada um como realmente ele é".
 A amizade tem sido considerada pela religião e cultura popular, como uma experiência humana de vital importância, inclusive tendo sido santificada por várias religiões. No Poema de Gilgamesh, se relata a amizade entre Gilgamesh e Enkidu. Os greco-romanos tinham, entre outros vários exemplos, a amizade entre Orestes e Pílades. Na Bíblia, cita-se no livro de 1 Samuel, a amizade entre Davi (que depois se tornaria rei em Israel) e Jonatas (filho do Rei Saul). Os evangelhos canônicos falam a respeito de uma declaração de Jesus, "Nenhum amor pode ser maior que este o de sacrificar a própria vida por seus amigos.”. Salomão escreveu a sabedoria da Amizade em seus Provérbios: "Em todo o tempo ama o amigo, e na angustia se faz o irmão".
As relações de amizade são amplamente retratadas tanto na literatura como no cinema e na televisão. Como exemplos, podemos citar: Dom Quixote e Sancho Pança, Sherlock Holmes e Watson, os Três Mosqueteiros, O gordo e o magro, Os três patetas, a série Friends, entre outros.
A Bíblia nos adverte tanto sobre amizades, que não podemos tratar com descaso esse assunto. Deus nos fez seres sociais. Não fomos programados para viver sozinhos, mas em sociedade, e se é verdade que nos tornamos como nossos amigos, se um relacionamento de amizade é uma “via de mão dupla”, que dizer: influenciamos e somos influenciados, então devemos escolher os amigos com sabedoria.

Acredito que a principal qualidade que se deve procurar num amigo não é aparência, talentos, riqueza, influência, esperteza ou popularidade, mas sim o quanto ele (ou ela) ama e teme a Deus. Se fizermos parte da Família de Deus, as pessoas que estarão compartilhando da nossa vida têm que ter a mesma linguagem de amor e temor a Deus. Isso não quer dizer em hipótese alguma que não vamos mais nos relacionar com aqueles que não conhecem ao Senhor, pelo contrário, somos instrumentos de Deus para trazer outros para o seu reino. Somos instrumentos da verdade e do amor de Deus. No entanto, nossos relacionamentos mais próximos, aqueles que nos influenciam e que são influenciados por nós tem que ser com pessoas que amam e temem a Deus. “As más conversações corrompem os bons costumes” (1 Coríntios 15.33). Existe um ditado popular que quase repete o versículo bíblico que lemos: “Diga-me com quem andas e eu te direi quem tu és”. Não tenha medo de afastar-se de uma amizade que você percebe que está sendo prejudicial a você.  Faça isso rapidamente. Peça ajuda se for preciso. Os pastores e os lideres da sua igreja estão aí para te ajudar.
Amizade verdadeira é aquela que existe entre pessoas, entre pessoas e animais, onde um pode confiar no outro acima de qualquer coisa. Amizade verdadeira é aquela que ambas as partes preocupam-se e zelam pela outra pessoa, independente da situação, do momento.
Amizade verdadeira é um tópico bastante discutido nos dias atuais, uma vez que, com o mundo globalizado, e o capitalismo, muitas pessoas acabam se preocupando apenas com a profissão, com a família e esquecem de suas amizades, ou então, são amigos de outros apenas por interesses, sejam eles profissionais, ou não.
Amizade verdadeira é também chamada a relação de pessoas com seus animais de estimação. A relação recebe esse nome uma vez que os animais não exigem nada, além de suas necessidades básicas e afagos, eles não possuem segundas intenções, eles não reclamam, não brigam, e estão sempre disponíveis, basta apenas uma chamada.
A amizade verdadeira é bastante comum tanto em homens, quanto em mulheres, porém, homens tendem a manter suas amizades durante mais tempo, uma vez que as mulheres tendem a criar conflitos e guardá-los para si, muitas vezes, afastando-se de amigas que realmente eram verdadeiras. A amizade verdadeira é aquela onde o indivíduo não pensa duas vezes em ajudar o outro, está sempre disponível, independente do horário, faz esforços sem pedir nada em troca, e esse tipo de relacionamento está se tornando cada vez mais rara.
e você não tem amigos chegados que sejam cristãos e tementes a Deus de verdade, comece a orar, pedindo ao Senhor. Lembre-se: “Amizade é uma via de duas mãos”, isto é, se você quer amigos disponha-se em primeiro lugar para ser, você também um amigo. A seguir quero passar para você alguns conselhos bíblicos sobre amizade: SINAIS DE UM AMIGO DESEJÁVEL:
1) Um amigo desejável lhe diz a verdade em amor. “Leais são as feridas feitas pelo que ama, porém os beijos de quem odeiam são enganosos” (Provérbios 27.6). Uma pessoa que nunca discorda de você em nada, também não acrescentará nada, não ajudará em nada.

2) Um amigo desejável sabe dar bons conselhos. “Como o óleo e o perfume alegram o coração assim o amigo encontra doçura num conselho cordial”. (Provérbios 27.9). Um bom amigo te ajudará a ser melhor filho, melhor irmão, melhor funcionário e assim por diante.

 3) Um amigo desejável nos incentiva a crescer, mesmo que seja discordando de nós. “Como ferro com ferro se afia, assim o homem ao seu amigo” (Provérbios 27.17).

 4) Um amigo desejável não se esconde na hora da dificuldade, mas está sempre pronto a ajudar. “Em todo o tempo ama o amigo, e na hora da angústia nasce o irmão”. (Provérbios 17.17).
SINAIS DE UM AMIGO INDESEJÁVEL:

1) Um amigo indesejável é imoral e não tem consideração pelos outros. “Mas agora vos escrevo que não vos associeis com alguém que se dizendo irmão for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberão, ou roubador. Com esse tal nem ainda comais”. (1 Coríntios 5.11). Uma pessoa que cause constrangimento a você porque não sabe portar-se com respeito aos mais velhos, ou porque tem boca suja, ou fala piadas imorais etc. definitivamente não é uma pessoa enviada por Deus para sua companhia.

2)Um amigo indesejável é inconstante. “Não te associes com os revoltosos. Porque de repente levantará a sua perdição” (Provérbios 24.21). Cuidado com pessoas que estão sempre achando “defeitos” na igreja e na liderança. Para o Senhor o pecado de rebelião é como o pecado de feitiçaria.

3)Um amigo indesejável dá conselhos ímpios, contrários a Palavra de Deus. “Bem - aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios...” (Salmos 1.1). Cuidado com os conselhos como: Você não pode deixar isso assim, tem que se vingar. Uma mentirinha só não faz mal a ninguém.

4)Um amigo indesejável é inconsequente em suas ações.“Quem anda com sábios será cada vez mais sábio, mas o companheiro de insensatos se tornará mal” (Provérbios 13.20).

Faça uma reflexão sobre suas amizades. As pessoas com quem você se relaciona tem seguido o padrão da Palavra de Deus? São pessoas que acrescentam alguma coisa boa a você? Há pessoas que além de não acrescentarem nada de bom ainda agem “vampiros emocionais”, isto é, exigindo uma atenção e uma lealdade além do normal. No mínimo estranha (se você é meu amigo não pode ser amigo de mais ninguém). Isso não é sadio. Não tenha medo de afastar-se de pessoas que sugam a sua energia emocional, ou que querem atenção exclusiva. Afaste-se ainda daquelas que afastam você da igreja. Essas são um laço do diabo nos seus pés. Mas abra o seu coração e peça a Deus que te ajude a ser amigo e irmão.





sábado, 24 de agosto de 2013

Rosa de Saron no Encontro com Fátima Bernardes e sua polemica

Herege ou ignorante? A declaração do Guilherme Sá, vocalista da banda 'católica' Rosa de Saron ainda está causando polêmica.

Veja o que ele disse:


Ele foi corrigido pelo Padre Paulo Ricardo:


Na aula do padre Paulo Ricardo "Fora da Igreja existe salvação" (http://www.youtube.com/watch?v=TduVDdSNYNI#at=35) ele esclarece toda a polêmica gerada em torno deste vídeo. Assistam!

"Fora da Igreja é possível tudo, exceto a salvação. É possível ter honras, é possível ter sacramentos, é possível cantar aleluias, é possível responder amém, é possível possuir o Evangelho, é possível ter fé no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, é possível pregar; mas em nenhum lugar senão na Igreja Católica, é possível encontrar a salvação". (Santo Agostinho)

A Igreja ensina que "Não há salvação fora da Igreja" no Catecismo da Igreja Católica:

«FORA DA IGREJA NÃO HÁ SALVAÇÃO»

"846. Como deve entender-se esta afirmação, tantas vezes repetida pelos Padres da Igreja? Formulada de modo positivo, significa que toda a salvação vem de Cristo-Cabeça pela Igreja que é o seu Corpo:
O santo Concílio «ensina, apoiado na Sagrada Escritura e na Tradição, que esta Igreja, peregrina na terra, é necessária à salvação. De facto, só Cristo é mediador e caminho de salvação. Ora, Ele torna-Se-nos presente no seu Corpo, que é a Igreja. Ao afirmar-nos expressamente a necessidade da fé e do Baptismo, Cristo confirma-nos, ao mesmo tempo, a necessidade da própria Igreja, na qual os homens entram pela porta do Baptismo. É por isso que não se podem salvar aqueles que, não ignorando que Deus, por Jesus Cristo, fundou a Igreja Católica como necessária, se recusam a entrar nela ou a nela perseverar» (341).
847. Esta afirmação não visa aqueles que, sem culpa da sua parte, ignoram Cristo e a sua igreja:
«Com efeito, também podem conseguir a salvação eterna aqueles que, ignorando sem culpa o Evangelho de Cristo e a sua Igreja, no entanto procuram Deus com um coração sincero e se esforçam, sob o influxo da graça, por cumprir a sua vontade conhecida através do que a consciência lhes dita» (342).
848. «Muito embora Deus possa, por caminhos só d'Ele conhecidos, trazer à fé, «sem a qual é impossível agradar a Deus» (343), homens que, sem culpa sua, ignoram o Evangelho, a Igreja tem o dever e, ao mesmo tempo, o direito sagrado, de evangelizar» (344) todos os homens."

Gente, não quero levantar mais polêmica, até porque o que é errado é errado e pronto. Mas vendo os vários compartilhamentos deste vídeo percebo o problema de sempre: falta de caridade na correção. O cara e tantos outros erraram, beleza, erraram, mas não concordo e nem acho nada cristão a forma como exploram esses erros, deslizes e heresias nem sempre tão conscientemente cometidos como sempre julgam. Sem dúvidas a melhor forma de corrigir alguém não é desta forma, principalmente quando esse alguém pertence à nossa Igreja. Arrisco dizer que isso intensifica as divisões que desnecessariamente vão surgindo. Como disse não to aqui levantando nenhuma polêmica mas "convidando" vocês a uma reflexão, se a acharem necessária. Não sou formadora de opinião, não sou teólogo, mas sinto um enorme mau estar quando vejo alguém sendo apedrejado assim, independente da asneira que ele tenha dito ou feito. "Chama muito mais atenção uma árvore que cai do que um bosque que cresce" (Papa Francisco).

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Modestia


A modéstia abrange um jogo de cultura ou valores religiosos determinados que se relacionam uns aos outros.
Pode incluir:
1. A moderação em uma ações ou aparência, não desejando atrair atenção imprópria para si;
2. Subestimando uma realização;
3. falsa modéstia, uma forma de vangloriar-se auto-humilhando-se falsamente;
4. Modéstia sobre sexualidade e a exposição do corpo humano, especialmente tabus contra nudez em muitas culturas.
Este conceito de modéstia é de grande importância a muitas pessoas, e é o primeiro desdobramento deste tema, neste artigo.
A modéstia de corpo é o desejo ou requisito de não expor demais o corpo humano; isto aplica à pele nua, mas também ao cabelo, e especialmente às partes íntimas; envolve não só cobrir partes do corpo, mas também obscurecendo sua forma. É realizado por roupa conveniente, meios especiais de roupas variáveis, fechando ou trancando a porta quando mudar de roupas ou tomar um banho de chuveiro, etc.; varia de acordo com quem pode vê-lo, tal como o esposo, sócio, amigo ou a famíliares do mesmo sexo, estranhos do mesmo sexo, amigos ou a família, incluindo esses do sexo oposto, as pessoas da mesma classe social, as pessoas em geral.
A modéstia pode ser discutível. Um termo alternativo para modéstia, usado por alguns críticos é a vergonha do corpo ou ginofobia. Modéstia excessiva é chamada pudico (pudor). Falta de modéstia, em excesso é chamado exibicionismo.
Os proponentes da modéstia frequentemente veem nela como respeito para os seus corpos e os sentimentos de si e de outros, e algumas pessoas acreditam que podem reduzir crimes sexuais. (Isto é baseado na crença que vítimas de crimes de sexo são, ao menos parcialmente, responsáveis por novos crimes, se eles imodestamente foram vestidos e assim atraíram o delinquente).
A modéstia é condicionada por religião, cultura, ocasião, e que é presente; por exemplo, uma pessoa finlandesa que alegremente talvez tire todas as roupas numa sauna provavelmente não quereria andar nua rua abaixo.
Semelhantemente, alguém que talvez use um biquíni na praia não o usaria numa reunião de negócio.
A partir da queda, o pecado tornou opaco o olhar humano. Ao contemplar o outro, o olhar não recorda que está diante de uma pessoa, passando a ver o outro como mero objeto. O pudor recorda que é preciso esconder o corpo para mostrar a alma. O pudor preserva a intimidade da pessoa, consiste na recusa de mostrar o que deve ficar escondido. E por que algumas coisas devem ficar escondidas? Devemos recordar que estamos num mundo onde há o pecado. Lembremos Adão e Eva que, depois da queda, se esconderam porque estavam nus...

A nudez humana nasce de uma cegueira. Antes do pecado original, a nudez não era problema algum. Hoje, é bem diferente e ao ser ver uma pessoa nua, esquece-se totalmente que ela tem alma e foi feita para Deus, só se vendo o corpo, um objeto, sem amor.

Não existe pudor somente com relação ao corpo, mas também com relação ao que pensamos e sentimos, nosso mundo interior, para que não haja o despudor de ser proclamado ao mundo os segredos de nosso coração.
Precisamos saber distinguir o pudor da hipocrisia. Pudor é esconder o que eu sou, hipocrisia é querer mostrar o que eu não sou colocar uma máscara. Tirar a roupa para ser natural é artimanha do diabo.

A modéstia e o pudor agem no mesmo território. A modéstia, porém diz mais respeito ao modo de vestir.
Porém, o vestir não é só esconder, mas é também mostrar. A modéstia está ligada com a moda e a cultura e deve ser capaz de ir contra as modas anticristãs.

A virtude do pudor nos leva a esconder as partes do corpo que podem causar reações "desonestas" e excitações sexuais. Há partes que não causam reações. E há partes que ficam entre as duas extremidades. Por exemplo, até que ponto devemos encobrir o corpo da mulher para evitar tentar os homens? A forma de vestir deve ser modesta e fazer com que as pessoas não pequem.

A modéstia não é apenas esconder, como o pudor, mas revelar através da forma de vestir a dignidade do próprio corpo.
O Papa Bento XV diz: "Não se pode deplorar suficientemente a cegueira de tantas mulheres de qualquer idade e posição. Feitas de bobas por um desejo de agradar, elas não vêem em que medida a indecência de suas roupas choca a cada homem honesto e ofende a Deus. A maioria delas ficaria enrubescida por causa deste tipo de vestuário, como por uma falta grave contra a modéstia cristã. Agora não basta exibir-se em vias públicas, elas não temem cruzar o limiar de Igrejas, para assistir ao Santo Sacrifício da Missa, e até mesmo carregar o alimento sedutor das paixões vergonhosas para a mesa eucarística, onde se recebe o Autor da Pureza Celestial." (Sacra Propidium, 1921).
A Igreja católica espera dos católicos vestir-se modestamente, de acordo com suas diretrizes. Não há, porém nenhuma diretriz oficial para a modéstia; a hierarquia, no entanto, e mesmo alguns papas, deram opiniões em várias questões.
O Papa Pio XII declarou que as mulheres devem cobrir seus braços superiores e ombros, que suas saias devem cobrir ao menos até o joelho, e o decote não deve revelar nada.
Giuseppe Cardinal Siri de Gênova declarou que calças eram inaceitáveis para vestir mulheres; muitas mulheres católicas tradicionais seguiram este conselho, e alguns católicos tentaram mais ainda, justificar isto filosoficamente.
Em todo caso, a Igreja condena o uso de roupas que exibem o corpo e faz dele um objeto de sexo.
A Igreja espera dos homens vestir-se modestamente também, mas as exigências não são iguais em relação às mulheres; isto é porque os homens estão considerados mais suscetíveis à tentação sexual. Nenhuma destas "diretrizes" unem em católicos; católicos tradicionais acham-nos bastante persuasivos. Muitas mulheres católicas não-tradicionais, por outro lado, frequentemente supervisionam os ensinos tradicionais da igreja em modéstia pela moda.
Apesar desta falta de diretrizes oficiais, católicos de tradição ocupam-se frequentemente de delinear a modéstia. Nossa Senhora de Fátima disse em 1917 isso: "Certas modas serão introduzidas que ofender-se-ão meu Filho (Jesus) muito." Alguns mesmos tentaram formar teorias coesivas em modéstia; às vezes isto é de uma perspectiva sociológica, [4] enquanto em outras vezes toma uma aproximação mais Tomista, combinado com os escritos dos Pais da Igreja.
Como se vestir para ir à igreja?
O Vaticano nos dá a resposta.
Todos nós sabemos que o Vaticano tem regras severas sobre o vestuário, tanto em São Pedro quanto nos Museus.
As pessoas não podem andar trajando roupas curtas (saias ou shorts acima do joelho), nem decotadas ou sem mangas, ombros expostos ou costas de fora (regra que deveria ser seguida em todos os Templos da Igreja Católica).
Ocorre que, apesar disso, parece que algumas pessoas se faziam de analfabetas e teimavam em andar trajando roupas inadequadas e indecentes.
Como lidar com essas pessoas?
O Vaticano resolveu, literalmente, desenhar as regras para os "analfabetos".
Tomara Deus os nossos sacerdotes sigam o exemplo do Vaticano e não permitam que as pessoas entrem na Igreja e se aproximem da Eucaristia vestidos de forma indecente.
Tomara Deus os católicos se conscientizem de sua importância e da importância do seu Corpo como Templo do Espírito Santo, da importância da Eucaristia e comecem a vestir-se de forma digna, de forma que demonstrem que são filhos e filhas de Deus.
Homens: Nada de bermuda, chapéu e camisa sem manga na Igreja. Coloquem calças e camisas com manga.
Mulheres: Nada de tomara-que-caia decote, costas nuas, ombros e barriga à mostra, minissaia, calças apertadas, leggings ou shorts curtos na Igreja. Coloquem saias, calças ou bermudas (que não sejam apertadas) que sejam, pelo menos, até o joelho e camisas com manga e sem decotes, sem costas nuas.







Fonte:

  1. http://www.pr.gonet.biz/index-read.php?num=910
  2. http://pt.wikipedia.org/wiki/Mod%C3%A9stia
  3. http://www.comunidademissionariamariana.com/2012/07/pregacao-sobre-castidade-e-modestia.html
  4. http://comosercristacatolica.blogspot.com.br/2010/07/como-se-vestir-para-ir-na-igreja.html


domingo, 18 de agosto de 2013

Assunção de Nossa Senhora


A solenidade da Assunção da Mãe de Deus é. Em primeiro lugar, a festa da vitória de Deus e do seu Cristo sobre o mal e a morte. Deus é o Senhor da vida “Por um só homem, a morte entrou no mundo, também por um só homem vem à ressurreição dos mortos. Assim como todos morrem em Adão, em Cristo, todos receberão a vida”, conforme diz São Paulo aos Coríntios.

A festa da Assunção da Mãe de Deus é a festa da Páscoa do ser humano, da participação da nossa humanidade na Páscoa de Cristo.

O trecho do livro do Apocalipse é uma visão uma revelação de um grande sinal. Como se trata de um sinal, ele precisa ser interpretado e bem compreendido. Este sinal é o da Igreja triunfante, na eternidade, vitoriosa, iluminada com a luz do Cristo ressuscitado (“lua debaixo dos pés, coroa com doze estrelas, vestida com o sol”), pronta para dar à luz, a Igreja fiel ao seu Senhor, gera, pela fé, novos filhos. É ameaçada pelo Dragão e protegida. Ela e seu Filho. Essa imagem não foi aplicada imediatamente a Maria, somente mais tarde e como fruto do amadurecimento da fé da Igreja na ressurreição de Jesus Cristo.

A Mãe de Deus é modelo do discípulo que, não obstante a perseguição e o sofrimento, guará fielmente a palavra de Cristo.

O texto do Apocalipse tem como finalidade manter viva a esperança da Igreja peregrina e sustentar o seu testemunho. A Mãe do Senhor é ícone da Igreja.

O dogma da Assunção, defendido em 1950 pelo Papa Pio XII, afirma que Maria foi “elevada à glória celeste”. Não se afirma uma nova localização, mas a transfiguração do corpo e a passagem de sua condição terrestre para a condição gloriosa da totalidade de sua pessoa (= corpo e alma).

Maria foi levada por Deus, em corpo e alma, para os Céus. Há alegria entre os anjos e os homens. Qual a razão desta satisfação íntima que descobrimos hoje, com o coração que parece querer saltar dentro do peito e a alma cheia de paz? Celebramos a glorificação da nossa Mãe e é natural que nós, seus filhos, sintamos um júbilo especial ao ver como é honrada pela Trindade Beatíssima.

Todos somos seus filhos; ela é Mãe de toda a Humanidade. E agora, a Humanidade comemora a sua inefável Assunção: Maria sobe aos céus, Filha de Deus Pai, Mãe de Deus Filho, Esposa de Deus Espírito Santo. Mais do que Ela, só Deus.

Se Deus quis, por um lado exaltar a sua Mãe, por outro, durante a sua vida terrena, não foram poupados a Maria a experiência da dor, nem o cansaço do trabalho, nem o claro-escuro da fé. Àquela mulher do povo, que, certo dia, irrompe em louvores a Jesus, exclamando Bem aventurado o ventre que te trouxe e os peitos a que foste amamentado, o Senhor responde: Antes bem aventurados aqueles que ouvem a palavra de Deus, e a põem em prática. Era o elogio da sua Mãe, do seu fiat, do faça-se, sincero, entregue, cumprido até às últimas consequências, que não se manifestou em ações aparatosas, mas no sacrifício escondido e silencioso de cada dia.

Para sermos divinos, para nos "endeusarmos", temos de começar por ser muito humanos, vivendo face a Deus dentro da nossa condição de homens correntes, santificando esta aparente pequenez. Assim viveu Maria. A cheia de graça, a que é objeto das complacências de Deus, a que está acima dos anjos e dos santos teve uma existência normal. Maria é uma criatura como nós, com um coração como o nosso capaz de gozo e de alegrias, de sofrimento e de lágrimas. Antes de Gabriel lhe comunicar o querer de Deus, não sabe que tinha sido escolhida desde toda a eternidade para ser Mãe do Messias. Considera-se a si mesma cheia de baixeza; por isso, reconhece logo, com profunda humildade, que fez em mim grandes coisas Aquele que é Todo-poderoso.

Servi ao Senhor com alegria. Não há outro modo de servi-Lo, Deus ama quem dá com alegria, quem se entrega totalmente num sacrifício gostoso porque não há motivo algum que justifique o desânimo!

Talvez julgueis que este otimismo é excessivo, porque todos os homens conhecem as suas insuficiências e os seus fracassos, experimentam o sofrimento, o cansaço, a ingratidão, talvez até o ódio. Nós, os cristãos, se somos iguais aos outros, como poderemos estar livres dessas constantes da condição humaniza?

A festa da Assunção de Nossa Senhora apresenta-nos a realidade dessa feliz esperança. Somos ainda peregrinos, mas a Nossa Mãe precedeu-nos e aponta-nos já o termo do caminho. Repete-nos que é possível lá chegar e que, se formos fiéis, lá chegaremos, pois a Santíssima Virgem não é só nosso exemplo, mas também auxílio dos cristãos. E perante a nossa petição - Monstra te esse Matrem mostra que és Mãe - não pode nem quer negar-se a cuidar dos seus filhos com solicitude maternal.
A festa da Assunção é a festa do destino do ser humano, destinado à plenitude da felicidade, isto é, à “glória celeste”.

A vida de Maria. Como a nossa vida, não se encerra nos limites desta história, mas tende plenamente para Deus, por quem ela é atraída desde sua concepção.

A Assunção de Maria é sinal concreto de esperança para todo o gênero humano; é sinal da dignidade presente e futura do homem criado e redimido por Deus.

Hoje, em união com a Igreja, celebramos o triunfo da Mãe, Filha e Esposa de Deus. E estamos alegres porque Maria, depois de acompanhar Jesus desde Belém até à Cruz, está junto dele em corpo e alma, gozando da sua glória por toda a eternidade.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Fé e Motivação


Queridos (as) amigos (as) e irmãos em Cristo Jesus; vivemos dias em que a maioria dos sermões ministrados nas igrejas são motivacionais, alguns sendo verdadeiras mensagens de otimismo (você pode, você é capaz, etc.) Por isso resolvi fazer esta pequena reflexão entre motivação e fé, com o objetivo de entendermos qual a importância desses dois elementos na vida dos cristãos em nossos dias.

Primeiro gostaria definir as palavras fé e motivação.


Fé é a firme opinião de que algo é verdade, sem qualquer tipo de prova ou critério objetivo de verificação, pela absoluta confiança que depositamos nesta idéia ou fonte de transmissão.

A fé acompanha absoluta abstinência à dúvida pelo antagonismo inerente à natureza destes fenômenos psicológicos e lógica conceitual. Ou seja, é impossível duvidar e ter fé ao mesmo tempo. A expressão se relaciona semanticamente com os verbos crer, acreditar, confiar e apostar, embora estes três últimos não necessariamente exprimam o sentimento de fé, posto que podem embutir dúvida parcial como reconhecimento de um possível engano. A relação da fé com os outros verbos, consiste em nutrir um sentimento de afeição, ou até mesmo amor, por uma hipótese a qual se acredita, ou confia, ou aposta ser verdade. Portanto se uma pessoa acredita, confia ou aposta em algo, não significa necessariamente que ela tenha fé. Diante dessas considerações, embora não se observe oposição entre crença e racionalidade, como muitos parecem pensar, deve-se atentar para o fato de que tal oposição é real no caso da fé, principalmente no que diz respeito às suas implicações no processo de aquisição de conhecimento, que pode ser resumidas à oposição direta à dúvida e ao importante papel que essa última desempenha na aprendizagem.

É possível nutrir um sentimento de fé em relação a um pessoa, um objeto inanimado, uma ideologia, um pensamento filosófico, um sistema qualquer, um conjunto de regras, um paradigma popular social e historicamente instituído, uma base de propostas ou dogmas de uma determinada religião. Tal sentimento não se sustenta em evidências, provas ou entendimento racional (ainda que este último critério seja amplamente discutido dentro da epistemologia e possa se refletir em sofismos ou falácias que o justifiquem de modo ilusório) e, portanto, alegações baseadas em fé não são reconhecidas pela comunidade científica como parâmetro legítimo de reconhecimento ou avaliação da verdade de um postulado. É geralmente associada a experiências pessoais e herança cultural podendo ser compartilhada com outros através de relatos, principalmente (mas não exclusivamente) no contexto religioso, e usada frequentemente como justificativa para a própria crença em que se tem fé, o que caracteriza raciocínio circular.

A fé se manifesta de várias maneiras e pode estar vinculada a questões emocionais (tais como reconforto em momentos de aflição desprovidos de sinais de futura melhora, relacionando-se com esperança) e a motivos considerados moralmente nobres ou estritamente pessoais e egoístas. Pode estar direcionada a alguma razão específica (que a justifique) ou mesmo existir sem razão definida. E, como mencionado anteriormente, também não carece absolutamente de qualquer tipo de argumento racional.

A motivação é uma força interior que se modifica a cada momento durante toda a vida, onde direciona e intensifica os objetivos de um indivíduo. Dessa forma, quando dizemos que a motivação é algo interior, ou seja, que está dentro de cada pessoa de forma particular erramos em dizer que alguém nos motiva ou desmotiva, pois ninguém é capaz de fazê-lo. Existem pessoas que pregam a auto-motivação, mas tal termo é erroneamente empregado, já que a motivação é uma força intrínseca, ou seja, interior e o emprego desse prefixo deve ser descartado.


Elementos psicológicos que leva alguém a fazer alguma coisa, consciente ou inconscientemente, sejam fisiológicos, intelectuais ou afetivos, os quais agem determinando o comportamento do ser humano (bom ou mau) levando-o a cumprir seu objetivo.

São três os objetivos pelos quais agimos:

1 – Fisiológico: relacionados às necessidades do corpo (fome, sede e outros).

2 – Intelectual: de segurança e estabilidade.

3 – Afetiva: Autoestima, aprovação e auto realização.

No evangelho de João no capítulo 16 verso 3, Jesus diz que “no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo (motivação) porque eu venci o mundo”. Através desse versículo podemos perceber que o Senhor Jesus não queria que seus discípulos desanimassem diante das lutas e adversidades que viriam sobre eles e com isso mostra que ele nos conhece em tudo, quando ele nos olha ele desvenda todos os segredos do nosso coração.

A motivação alcança o previsível, mas a fé alcança o impossível. Em Hb 11:1 diz que “a fé é a certeza das coisas que se esperam e a convicção de fatos que não se veem”. Por essa razão uma palavra de motivação pode até deixar você animado, mas só a fé o levará a alcançar os seus objetivos mais difíceis.

A motivação alcança o homem natural, mas a fé alcança o homem espiritual. Ef 2:8 diz “porque pela graça sois salvos mediante a fé, isso não vem de vós, é dom de Deus.”. Hb 11:6 diz que “sem fé é impossível agradar a Deus”. Hoje vemos que a maioria dos cristãos estão muito mais preocupados com a auto realização física e material do que usar a fé, porque a fé exige obediência, a fé tem regras específicas dadas por Deus. Por isso, como cristãos, precisamos entender que nenhuma palavra de motivação irá nos levar a encarar os desafios que a vida nos propõe, foi isso que Jesus nos ensinou, é isso que o apóstolo Paulo escreveu em 2ª Cor 4:8 e 9 “Em tudo somos atribulados, porém não angustiados, perplexos porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados, abatidos; porém não destruídos.”.

Em Rom 8:31 ao 39 Paulo nos mostra que quem tem fé não depende das circunstâncias, mas ele supera tudo através da fé. Um cristão vencedor não vive apenas de conquistas materiais, mas principalmente de fidelidade e vida de obediência ao Senhor, como está escrito: “de que adianta o homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma” Mc 8:36. Por isso tanto Cristo como o apóstolo Paulo nos ensinam que precisamos nos manter motivados/animados, mas só através da fé vira a perseverança sobre as nossas vidas, pois a motivação é gerada na alma (vontade de vencer), mas a fé alcança o espírito (perseverança para vencer) nos levando à vitória. Termino este primeiro devocional deixando para sua meditação Rm 1:17 “visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá  por fé.”.

Um grande abraço a todos.

Fraternalmente;

Pr. Moisés Eduardo.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

O significado de ser católico nos dias de hoje

A palavra católico significa universal. Mas, nos dia de hoje, responder ao que é ser católico, além de amar a Deus, ser cristão e seguidor de Jesus Cristo, exige mais do que uma simples explicação.

No Brasil, em que, de acordo com pesquisa Datafolha, 63% das pessoas são católicas, ser católico é não estar sozinho, seja pela fé, seja pelo que o diferencia, como a devoção a santos e a adoção de orações (Ave-Maria é "exclusividade" católica) e promessas, que são capazes de transformar uma vida.

E, apesar de muito rotulado quanto a ser praticante ou não, o católico sempre pode contar com portos seguros, como o acolhimento da igreja e a possibilidade de ir a missa celebrar a eucaristia (ação de graças) e rememorar a Santa Ceia, com o pão e o vinho, que ali são transformados no corpo e no sangue de Cristo.

E, à parte de noção de pecados, dos dons do Espírito Santo e dos mandamentos de Deus e da igreja, ser católico, como já afirmou o escritor Carlos Heitor Cony, um ex-seminarista, "não é para quem quer, é para quem pode".

Abra a sua Bíblia no Evangelho de Mateus, capítulo 28, versículos 18b-20. Utilizarei aqui a tradução mais popular nas bíblias evangélicas (Almeida, corrigida e fiel):
“É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.”

Você percebeu que fiz questão de colocar em negrito uma palavrinha que aparece de modo insistente no texto: TODO. Jesus tem todo o poder; devemos anuncia-lo a todos os povos, guardar todo o seu ensinamento na certeza de que estará todos os dias conosco. Esta ordem de Jesus foi levada muito a sério pelos discípulos. Em grego a expressão “de acordo com o todo”, pode ser traduzida por “Kat-holon”. Daí vem a palavra “católico” (em grego seria: Καθολικός). Ao longo do primeiro e segundo séculos os seguidores de Jesus Cristo começaram a ser reconhecidos como “cristãos” e “católicos”. As duas palavras eram utilizadas indistintamente. Ser católico já significava “ser plenamente cristão”. O catolicismo, portanto, é o cristianismo na sua “totalidade”. É a forma mais completa de obedecer o mandato do Mestre antes de sua volta para o Pai. O mesmo mandado pode ser lido no Evangelho de Marcos 16,15: “Ide e pregai o evangelho a toda criatura”. Há, portanto, uma catolicidade vertical, que é ter o Cristo todo, ou seja ser discípulo; e uma catolicidade horizontal, que é levar o Cristo a todos, ou seja, ser missionário. Isso é ser católico: totalmente discípulo, totalmente missionário, totalmente cristão!

Ao que tudo indica o termo “católico” se tornou mais popular a partir de Santo Inácio de Antioquia (discípulo de São João), pelo ano 110 DC. Pode significa tanto a “universalidade” da Igreja como a sua “autenticidade”. Quase na mesma época São Policarpo utilizava o termo “católico” também nestes dois sentidos. Santo Agostinho utilizou o termo “católico” mais de 240 vezes em seus escritos, entre 388-420. São Cirilo de Jerusalém (315-386), bispo e doutor da Igreja, dizia: “A Igreja é católica porque está espalhada por todo o mundo; ensina em plenitude toda a doutrina que a humanidade deve conhecer; conduz toda a humanidade à obediência religiosa; é a cura universal para o pecado e possui todas as virtudes” (Catechesis 18:23). Veja que já está bem claro os dois sentidos de “Católico” como “universal e ortodoxo”. Durante mil anos os dois significados estiveram unidos. Mas por volta do ano 1000 aconteceu um grande cisma que dividiu a igreja em “ocidental e oriental”. A Igreja do ocidente continuou a ser denominada “Católica” e a Igreja do oriente adotou o adjetivo de “Ortodoxa”. Na raiz as duas palavras remetem ao significado original de Igreja “autêntica”.

Santo Tomás de Aquino (1225-1274), grande teólogo ocidental, desenvolveu uma teologia da catolicidade. A Igreja seria “universal” em três sentidos: a) Está em todos os lugares (cf. Rm 1,8) e pode ser militante na Terra, padecente no purgatório e triunfante no céu; b) Inclui pessoas dos três estados de vida (Gal 3,28): leigos, religiosos e ministros ordenados; c) Não tem limite de tempo desde Abel até a consumação dos tempos.

A Igreja católica reconhece que cristãos de outras igrejas pode ter o batismo válido e possuir sementes da verdade em sua fé. Porém, sabe que apenas a Igreja católica conserva e ensina sem corrupção TODA a doutrina apostólica e possui TODOS os meios de salvação.

Devemos viver e promover a sensibilidade ecumênica promovendo a fraternidade com os irmãos que pensam ou vivem a fé cristã de um modo diferente. Mas isso não significa abrir mão de nossa catolicidade. Quando celebramos a Eucaristia seguimos à risca o mandato do Mestre que disse: “Fazei isso em memória de mim!” A falta da Eucaristia deixa uma grande lacuna em algumas Igrejas. Um pastor evangélico, certa vez, me disse que gostaria de rezar a ave-maria, mas por ser evangélico não conseguia. Perguntei por quê? Ele disse que se sentia incomodado toda vez que lia o Magnificat em que Maria proclama: “Todas as gerações me chamarão de bendita” (Lc 1,48)… e se questionava o por quê sua geração tão evangélica não faz parte desta geração que proclama bem-aventurada a Mãe do Salvador!

Realmente, ser católico é ser totalmente cristão!

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Não tenha medo de seguir Jesus!


O Senhor está consagrando vocês, mas lhes dá liberdade de fazerem os cálculos, porque Ele não quer que vocês assumam este compromisso e depois não consigam vivê-lo. Jesus não quer que vivamos uma vida dupla, em que não paramos para calcular antes e depois "levamos tudo com a barriga".

Quando não fazemos esses cálculos, não renunciamos verdadeiramente. Assim, a nossa mente, o nosso coração, a nossa vontade ainda estão ligados a isso e àquilo, e acabamos vivendo uma vida dupla. Jesus nos fala claramente: "Não é possível servir a dois senhores". Não podemos investir a vida em duas coisas opostas, não é possível sermos puros e castos e vivermos a impureza; assim como não podemos ser submissos e ao mesmo tempo fazer a nossa própria vontade, dando um "jeitinho" para fazer aquilo que é do nosso interesse e vivendo na conveniência.
Hoje muitos jovens têm medo de dizer sim a Jesus, pelo fato de terem que renunciar a algumas coisas da vida. Bento XVI percebe isso e nos exorta:

“Quem faz entrar Cristo na sua vida nada perde, nada, absolutamente nada, daquilo que torna a vida bela, rica e grande. Não! Só nesta amizade se abrem de par em par as portas da vida. Só nesta amizade se abrem realmente as grandes potencialidades da condição humana. Só nesta amizade experimentamos o que é belo e o que liberta. Assim, eu gostaria com grande força e convicção, partindo de uma longa vida pessoal de vos dizer hoje, queridos jovens: não tenhas medo de Cristo, Ele não tira nada, Ele dá tudo. Quem se doa por Ele recebe o cêntuplo.Sim abre de par em par as portas a Cristo e encontrareis a vida verdadeira.” (Homilia de Bento XVI, dia 24 de Abril de 2005).

Muitos cristãos hoje não conseguem enxergar isso, porque pensam que seguir Jesus é ridículo e colocam uma grande distância na mensagem de Jesus e no estilo de vida de seus seguidores.
Pedro e os apóstolos tiveram uma experiência verdadeira com o amor de Deus, e viram em Jesus o sentido de suas vidas.
Seguir Jesus é o sentido da vida, buscar este amor é que nos faz viver! Jesus nos pede para tirarmos da nossa vida aquilo que não nos preenche, aquilo que nos machuca, aquilo que nos prende em ser discípulos Dele, aquilo que não nos deixa sentir o seu amor, esta é a renuncia que ele nos pede.
E qual é a corda que esta segurando você, para este chamado? “Vem e segue-me!”
Diga sim a Jesus, pois vale a pena, não tenhas medo Ele não tira nada Ele dá tudo, se entregue nas mãos do Senhor e sua vida mudará, como mudou a minha e de muitos outros jovens, seja diferente e responda “Sim”, sim a liberdade, sim a vida, sim ao amor.
Seguir Jesus é a melhor decisão a tomar, pois Ele é o único que nos conhece, melhor até mesmo de que nós mesmos, e sabe o que é bom para nós, responda SIM! A este Deus que te chama!


quinta-feira, 1 de agosto de 2013

O Reino de Deus


O Reino de Deus designa um governo ou domínio em que tem Deus por soberano ou governante. Segundo o Gênesis, os primeiros humanos rebelaram-se deliberadamente contra a soberania de Deus, por isso, eles foram expulsos do Jardim do Éden.
O Reino de Deus é um conceito fundamental nas duas principais religiões abraâmicas existentes: o Judaísmo e mais notavelmente, o Cristianismo. Nesta última religião monoteísta, o Reino de Deus constitui o tema principal pregado por Jesus, através de parábolas.
Entre os teólogos cristãos existem conceitos divergentes, mas não incompatíveis quanto ao que é concretamente o Reino de Deus, que podemos sintetizar em dois pontos:
Um governo real e/ou universal de Deus estabelecido no Céu e também na Terra completamente renovada no fim dos tempos, no dia do Juízo final e com existência eterna;
Uma condição interior de dimensão pessoal, de caráter espiritual, moral, mental e psíquico/psicológico, existente em todos aqueles que estão na graça de Deus e que seguem verdadeiramente a vontade de Deus e os ensinamentos e exemplo de Jesus Cristo;
Pelo menos segundo a doutrina da Igreja Católica, o Reino de Deus tem simultaneamente uma dimensão pessoal, de caráter espiritual e mo¬ral, em cada homem; e uma dimensão universal que se manifestará no fim dos tempos, no dia do Juízo Final, quando tudo se consumará e estabelecerá uma nova Terra e um novo Céu, onde os justos vivem em Deus, com Deus e junto de Deus. Tal só irá acontecer quando o Reino, que já foi instaurado na Terra por Jesus, já estiver perfeito e suficientemente maduro.
Os valores principais do Reino de Deus são a verdade, a justiça, a paz, a fraternidade, o perdão, a liberdade, a alegria e a dignidade da pessoa humana.
O Reino de Deus, que foi inaugurado na terra por Cristo, está destinado a acolher todos os homens, mas foi primeiramente anunciado aos filhos de Israel. Este Reino foi já anunciado por João Baptista, que exortou as pessoas a arrependerem, porque está próximo o Reino dos Céus (Mt 3,2). Mais tarde, Jesus de Nazaré, o prometido Messias e Salvador da humanidade, foi batizado e Ungido (Lc 3,30-31), começando assim o seu ministério, que se centrou necessariamente em torno do Reino de Deus. Ele instruíu os seus apóstolos a pregar que está próximo o Reino dos Céus. Essas instruções seriam repetidas a todos os seus discípulos, a todos os cristãos (Mt 10,7; 24,14; 28,19-20; Act 1,8). A Bíblia inteira gira em torno da vinda do Messias e do Reino do Deus. Por conseguinte, o Reino de Deus, que é uma grande realidade misteriosa, tem um grande sentido profético e missionário na vida da Igreja Cristã.
Jesus, através de parábolas, convida todas as pessoas a entrar no Reino de Deus, ou seja, tornar-se discípulos d'Ele, para conhecer os mistérios do Reino dos Céus (Mt 13,11). Segundo o Catecismo da Igreja Católica, Jesus e a presença do Reino neste mundo estão secretamente no coração das parábolas. Para os que ficam "de fora" (Mc 4,11), tudo permanece enigmático. Jesus exorta os seus discípulos a buscar, em primeiro lugar, o Reino de Deus e sua justiça (Mt 6,33).
Na parábola do tesouro escondido Jesus conta a história de certo homem que encontrou um tesouro escondido num campo. O Senhor não diz quem foi o homem (empregado, arrendatário) que encontrou o tesouro nem tampouco como ele o encontrou, se arando, cavando ou plantando no campo, não sabemos. Também não sabemos qual foi o tesouro encontrado. O que sabemos apenas é que certo homem encontrou um tesouro que estava escondido num campo.
Na verdade, ao longo da história, vários tesouros escondidos têm sido encontrados. O homem que encontrou o tesouro no campo não estava à caça de tesouros escondidos. Ele o encontrou ao acaso. E qual foi a sua reação ao achar o tesouro escondido? Qual é a mensagem que Jesus quer aplicar no nosso coração com o ensino das parábolas do tesouro escondido e da pérola? Que tipo de atitude ele exige de nós como súditos do seu reino? Antes de atentar para a verdade central que Jesus quer aplicar no nosso coração com estas parábolas, vejamos primeiramente o que Jesus não está nos ensinando nelas:
Jesus não está ensinando que o crente deve comprar a sua salvação assim como os dois homens compraram o tesouro e a pérola. Alguns pensam assim ao interpretarem estas parábolas. Mas não devemos chegar a essa conclusão, pois a Bíblia, que não se contradiz em lugar nenhum, nos ensina em vários textos que nossa salvação é uma dádiva graciosa de Deus (Ef. 2.8-10; 2Tm. 1.9). O preço da nossa salvação foi o sangue de Cristo e não algo que podemos fazer para obtê-la. Não podemos comprar o reino de Deus. Pelo contrário, Deus é quem nos faz herdeiros e súditos do seu reino por pura graça mediante a fé em Cristo.
Jesus também não está ensinando que o crente deve fazer um voto de pobreza ao vender tudo quanto tem para se tornar participante do reino de Deus. Alguns pegam o detalhe da parábola de que os dois homens se desfizeram de tudo que tinham para obterem o que tinham encontrado e afirmam isso. Mas não é isso que Jesus está ensinando. Não é assim que você agora, por ser um cristão, vai vender sua casa, seu carro e todos seus bens para seguir Cristo. Sempre existiu e existirão cristãos fiéis que são ricos no sentido material. Isso é dom de Deus. Ser cristão não é sinônimo de ser pobre no sentido material. Portanto, Jesus não está nos ensinando a se tornar pobres nestas parábolas. Qual é então a atitude correta que Jesus requer dos seus discípulos nas parábolas do tesouro escondido e da pérola? A verdade central da parábola que Jesus quer colocar no nosso coração é a seguinte: O reino dos céus com tudo o que ele é e possui é um tesouro tão valioso que o crente que o encontra reconhece seu imenso valor e, motivado por grande alegria, dispõe-se de todo o coração a entregar tudo quanto possa interferir na obtenção desse reino tão valioso. Em outras palavras: aqueles que percebem o imenso valor do reino de Deus que foi revelado em Cristo sacrificarão qualquer coisa para desfrutar das riquezas desse reino.
O cristão que encontrou o Rei Jesus Cristo e todas as bênçãos do seu reino (o perdão dos pecados, nova vida no Espírito, governo e cuidado de Cristo sobre sua igreja, vida eterna), consciente de todos estes benefícios, abandonará alegremente o seu velho estilo de vida para então viver em total gratidão e louvor ao seu Rei e Salvador Jesus Cristo que, por pura graça, o faz desfrutar das riquezas do seu reino. Por causa de sua grande alegria por ter encontrado o Salvador de sua vida e se tornar um herdeiro do seu reino eterno, o crente não desejará outra coisa senão viver para o seu Senhor. E ele fará isso sem nenhum constrangimento, mas com toda alegria, pois ele agora sabe que, pela graça de Deus, foi transportado do império das trevas (uma vida de miséria e pecado) para o reino de luz do Filho Amado de Deus (perdão e salvação).
Deus nos fez encontrar o tesouro do seu reino. Ele nos revelou Cristo e sua obra de salvação em nosso favor. Seu reino se manifestou a nós. Ele nos fez compreender que o seu reino com todas as suas riquezas valem muito mais do que o ouro e a prata ou qualquer riqueza perecível que o mundo pode nos oferecer. Por seu Espírito, Deus também nos motiva a tomar a atitude alegre de abandonar qualquer coisa que possa nos impedir de desfrutar das riquezas do seu reino. Qual tem sido a nossa atitude como súditos do reino de Deus? Será que nós temos percebido o imenso valor do reino de Deus? Cristo é o nosso maior tesouro? Ocupa ele o primeiro lugar em nossa vida? Seus mandamentos e promessas valem mais para nós do que qualquer coisa que este mundo pode nos oferecer? Ou será que nos apegamos tanto às coisas terrenas que nos esquecemos de colocar o reino de Deus em primeiro lugar na nossa vida?
Cristo nos chama a tomar uma atitude firme e decisiva de segui-lo. Ele quer o nosso coração. Ele quer que sejamos discípulos alegres e gratos pelos benefícios do seu reino que ele nos deu de graça. Ele quer que abandonemos qualquer coisa que nos impeça de desfrutar das suas bênçãos. Cristo exige de nós o alegre abandono de todas as coisas que nos atrapalha de desfrutar das riquezas do seu reino e nos impede de servir a ele de todo o nosso coração. Pode ser que queremos seguir a Cristo e ao mesmo tempo viver em nossos pecados. Tal atitude é inaceitável a Cristo. Ele disse que é impossível servir a dois senhores e que devemos amar a Deus de todo o nosso coração. Pode ser que desejemos tanto as riquezas materiais que nos esquecemos do imenso valor das riquezas do reino que Cristo nos dá (perdão, vida eterna). Mas Jesus nos diz: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt. 6,33).
O Reino de Deus, que não terá fim e que já está no meio de nós (Lc 17, 21), é justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Rm 14,17); é o fim último ao qual Deus nos chama; é obra do Espírito Santo; e é também um império eterno que jamais passará e… jamais será destruído (Dn 7,14).
Todas as pessoas que querem pertencer ao Reino de Deus precisam converter-se, de realizar a vontade divina, de ter fé em Jesus e de acolher a sua palavra. De fato, Jesus convida todas as pessoas à conversão (um pré-requisito para o acesso ao Reino), a renunciar o mal e o pecado (um grande obstáculo para o acesso ao Reino) e a arrependerem os seus pecados e experimentarem o ilimitado perdão e misericórdia de Deus. Este apelo constitui a parte fundamental do anúncio do Reino de Deus: "Cumpriu-se o tempo e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no Evangelho" (Mc 1,15). Este apelo à conversão é especialmente para os não-cristãos e os pecadores, pois Jesus afirma que não vim chamar justos, mas pecadores(Mc 2,17) e que Deus Pai sentirá imensa alegria no céu por um único pecador que se arrepende (Lc 15,7). Esta conversão e remissão dos pecados (Mt 26,28) só foi possível pelo sacrifício de Jesus, Filho de Deus Pai, na cruz, constituindo a suprema prova do amor que Deus tem pelos homens.
Jesus afirmou que não entrará no Reino todo o que não o receber com a mentalidade de uma criança (Mc 10,15), quem não nascer de novo (Jo 3,3), aquele que não faz a vontade de meu Pai que está nos céus (Mt 7,21) e os injustos (1Cor 6,9).
Para ter acesso ao Reino de Deus, é preciso passarmos por muitas tribulações (Act 14,22) e também cumprir a Lei de Deus, porque aquele, portanto, que violar um só destes menores mandamentos e ensinar os homens a fazerem o mesmo [vai] ser chamado o menor no Reino dos Céus; aquele, porém, que os praticar e os ensinar, esse será chamado grande no Reino dos Céus (Mt 5,17-19).
As Bem-aventuranças, pregadas por Jesus no famoso Sermão da Montanha e que anunciam e revelam aos homens à verdadeira felicidade, são por isso também um grande anúncio da vinda do Reino de Deus através da palavra e ação de Jesus e também do caráter das pessoas que pertencem ao Reino. Jesus exorta as pessoas a seguir este caráter exemplar, para poderem depois entrarem no Reino de Deus, ou seja, para obterem a salvação e a vida eterna.
Uma vez inaugurada na Terra por Jesus, ninguém, nem mesmo Satanás, consegue travar e impedir a edificação e a realização final e perfeita do Reino de Deus. Mas, este Reino, enquanto não atingir a sua perfeição, é ainda atacado pelos poderes maus, embora estes já tenham sido vencidos em suas bases pela Morte na cruz e Ressurreição de Jesus. Satanás, um ser muito poderoso e maligno, só consegue atrasar a realização final do Reino na Terra, através do cultivo do ódio no mundo contra Deus.
Este Reino, para grande desapontamento de muitos judeus da altura, não vinha restabelecer o reinado temporal de Israel e não é um reino deste mundo, ou seja, não é um reino com características políticas, mas sim com características predominantemente espirituais. Resumindo, o Reino de Deus, que cresce como uma semente que Deus coloca no coração de cada homem (dimensão pessoal), é a plena instauração da lei do amor a Deus e ao próximo e terá a sua realização final e perfeita na vida do mundo que há-de vir, na nova Terra e no novo Céu implantados por Deus no fim dos tempos (dimensão universal).







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