segunda-feira, 24 de junho de 2013

Afetividade e Sexualidade

1. INTRODUÇÃO:

·Cardeal Martini, Arcebispo de Milão, em seu livro “Sobre o Corpo”, é o ponto de referência para nossa conversa de hoje.

·A Palavra de Deus que ilumina nossa visão cristã da sexualidade:

A.“Deus criou o homem à sua imagem; à sua imagem o criou; homem e mulher os criou”. (Gn 1,27)

B.“Eu vos exorto, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, a oferecerdes os vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus: este é o vosso culto espiritual”. (Rm12,1)

C.“O corpo não é para a devassidão, ele é para o Senhor e o Senhor é para o corpo”.(I Cor 6,13)


2.HOMEM E MULHER OS CRIOU:

·No mito grego, narrado por Platão: “Um dia Zeus, querendo castigar o homem sem destruí-lo, o partiu em dois. Dali para diante cada um de nós é o símbolo de um homem, a metade que procura a outra metade, o símbolo correspondente”. (O Banquete, XVI) No mito, está presente algo que experimentamos: o corpo como palavra não dita, realidade não completa, que remete ao outro.

·Na Bíblia, o corpo do homem e o da mulher são criados à imagem e semelhança de Deus, também enquanto macho e fêmea. Isto é fundamental para entender o que é o corpo e como se torna ele mesmo.

·“Não é bom que o homem esteja só” (Gn 2,18.21-23). Quando o homem acorda, tem um grito de alegria e maravilha pela alteridade da mulher. O homem exulta na superação da solidão, na descoberta do outro.

·O meu corpo tem uma palavra precisa inscrita em si: esta palavra é o outro. O corpo se torna ele mesmo diante do outro, pondo-se em relação. Se eu quiser possuir o outro, não será mais “outro”, e eu permanecerei só, sem nenhum “outro”.


3.IMPLICAÇÕES DESTA VERDADE BÍBLICA:

·“O outro diz o Outro”: A palavra inscrita no corpo fala de Deus, do santo, o “Outro”. Santo significa “diverso”: Lv 11,44 e I Cor 6, 13.16. Meu corpo é chamado a ser templo de Deus, de um modo diverso, próprio de Deus.

·“O selo de Deus”: O Homem e a Mulher são chamados a ser imagem e semelhança de Deus, a exprimir na alteridade sexual o vulto de Deus que é amor, colocando-se em relação de simpatia, comunhão e fecundidade. O corpo humano tem o selo de Deus, pelo que será chamado a viver um amor que não se fecha em si mesmo. É o amor divino que permite ao nosso corpo existir. O sexo contém uma palavra sublime de amor, que realiza a pessoa à imagem de Deus, cuja santidade é o amor. Uma sexualidade que não redescobre a palavra do corpo reduz o corpo à insensatez, desonrando-o e desprezando-o, esvaziando-o de seu significado.

·“Sexualidade e liberdade”: A sexualidade é uma energia à disposição de cada um, mas depende de mim o seu uso. O corpo humano é uma conexão entre a liberdade e a necessidade, vai além do instinto. A liberdade do cristão é viver o corpo com a capacidade de servir-se dele para amar. Não é fazer o que agrada ou somente o que eu devo, mas fazer o que agrada a Deus, pois me alegra agradar a quem me ama e eu amo. A beleza e a harmonia da sexualidade vêm a ser aprendidos, para serem dirigidas com liberdade, segundo a inspiração do Senhor.

·“O Corpo como limite”: A sexualidade é o limite que remete à outra pessoa, diversa de mim. É o lugar mais evidente para ser contra ou a favor do outro. O exercício da sexualidade diz respeito à outra pessoa. Cada um, masculino ou feminino, conhece a si mesmo através de uma reflexão sobre si mesmo. Mas há aspectos que só são conhecidos do homem pela mulher e vice-versa.

·“Complementariedade, não diferença”: Diferença significa um relacionamento desigual, onde um é maior ou menor do que o outro. Também a idéia de diversidade é insuficiente, pois sublinha características estranhas entre as pessoas. É melhor falar de integração ou complementariedade, que faz alegrar-se com o bem que o outro tem e se transforma justamente em princípio de comunhão no dom, na acolhida e no serviço recíproco, impregnando de humildade, respeito, fidelidade e reverência o amor.

·“O homem se transforma naquilo que ama”: Deus se torna a vida do ser humano (Dt 6,4). O relacionamento entre homem e mulher é figura do relacionamento com Deus. O ser humano é feito para amar a Deus de modo absoluto, como sua única referência em sentido pleno. O amor do homem e da mulher é um eco do amor de Deus, que o levou a unir-se ao ser humano, para ser com ele, em Jesus, uma só carne. Pode-se dizer também, reciprocamente: “Quem se une ao Senhor, forma com ele um só espírito” (I Cor 6,17).

·“Sexualidade e responsabilidade”: Quando a Igreja fala de sexualidade está lendo a sabedoria comum dos povos à luz do Evangelho, que compreende que sem restrições não haverá um sentido verdadeiro de alegria. A intenção da Igreja é educativa!

A.A regra clássica: A satisfação conseqüente da união amorosa de suas pessoas tem verdadeiro significado humano quando há fidelidade recíproca e abertura à fecundidade; tudo o que não entra nesta regra carece de sentido pleno;

B.O sentido do pecado vem quando há um gesto livre que perturba de modo grave o equilíbrio interior e relacional da sexualidade bem ordenada e o relacionamento de submissão ao desígnio de Deus para a felicidade humana.

C.Muito do que se desvia da regra fundamental é devido a uma sexualidade preguiçosa e desordenada. Ocorre um caminho de clareza e vitória sobre si mesmo. O conselho de uma pessoa madura e o sacramento da reconciliação serão sempre uma grande ajuda.

·“O consumismo do sexo”: A sexualidade não pode ser degradada a coisa ou ídolo, ou imagem. Como nossa cultura é de imagens e não do espírito, ela não consegue perceber a dimensão mais profunda e mais verdadeira do corpo.


4.A CASTIDADE:

·João Paulo II: “A castidade é a atitude transparente no relacionamento com a pessoa de outro sexo”.

·A castidade é ordem, equilíbrio, domínio, harmonia. Muitos afirmam ser propriedade sua o corpo, mas isto contradiz o que dissemos sobre o corpo como relação.

·A castidade é bonita porque reconhece o senhorio de Jesus Cristo sobre o corpo (I Cor 6,13), faz viver no corpo a liberdade do Espírito com os frutos elencados por São Paulo na Carta aos Gálatas (5,22)

·A Castidade tem significado e concretização diversa de acordo com os estados de vida. Na adolescência e na juventude são postas as bases para o desenvolvimento da pessoa e acontece a formação da coerência e domínio de si que se refletirá de modo benéfico em todas as fases da existência.

·Educar-se para a castidade: não basta a razão! É necessária intuição espiritual que ajude a acolher as exigências decorrentes do fato de que nosso corpo é do Senhor. Isto exige humildade, perseverança, oração.


·Educação para a castidade:

- Castidade como superação de mentalidade de posse e de consumo, onde o prazer é mais um produto.

-Castidade e pureza de coração(Mt 5,8): ela é uma atitude mais ampla do que a castidade, mas que a inclui e permite descobrir a causa de não poucas dificuldades;

-Frutos da castidade: experiência unificante da vida, liberdade dos falsos absolutos, abertura, disponibilidade.

- Formação para o conhecimento do corpo e atitudes de saída de si desde o nascimento.

- Um jovem ou uma jovem só se tornam homem e mulher quando capazes de esquecer de si para o bem dos outros e o bem do outro. Antes disso, são psicologicamente ainda crianças ou adolescentes. Aprender a amar não é iniciar-se nas técnicas do ato sexual, mas a sair de si. Sem esta formação é quase impossível nascer uma vocação evangélica. Um jovem casto é capaz de dizer sim ao Senhor!

- Educar-se para a castidade é possível para quem busca o desígnio de Deus, quem se apaixonou pela sua vontade!

Dom Alberto Taveira Corrêa - Palmas / TO




quinta-feira, 20 de junho de 2013

Convite

Venho por meio desta convidá-los para ir no JAMC domingo, teremos a presença do André e Adriana da Comunidade Católica Sal E Luz, juntamente com o Ministério de Música ministrando o Encontro do dia (23/06).
O tema é "Afetividade e Sexualidade"!

Sei que é um tema meio "clichê", que todo mundo já tenha ido em alguma palestra sobre, mas o Espírito Santo é inovador e sempre tem-nos algo novo para revelar! *-*

DIVUUUULGUEM, chamem todos os seus amigos, familiares, vizinhos, piriquitos, cachorro.. kkkkkkkk todo mundo!

Vai ser muitoooooo bom!
Esperamos todossss! *-*

Vai ser aqui na Igreja mesmo Comunidade Santo Antônio (Rua Dr. Júlio Soares de Arruda Filho, 421, Jardim Nova Esperança).
Horário: Santo Terço: 18h
Encontro: 18h30

Deus abençoe e Maria interceda por cada um ;))))

ps. Qualquer dúvida, PEEEEERGUNTEM!

segunda-feira, 3 de junho de 2013

O Poder da Fé

A fé é a firme opinião de que algo é verdade, sem qualquer tipo de prova ou critério objetivo de verificação, pela absoluta confiança que depositamos nesta idéia ou fonte de transmissão.
A fé acompanha absoluta abstinência à dúvida pelo antagonismo inerente à natureza destes fenômenos psicológicos e lógica conceitual. Ou seja, é impossível duvidar e ter fé ao mesmo tempo. A expressão se relaciona semanticamente com os verbos crer, acreditar, confiar e apostar, embora estes três últimos não necessariamente exprimam o sentimento de fé, posto que podem embutir dúvida parcial como reconhecimento de um possível engano. A relação da fé com os outros verbos, consiste em nutrir um sentimento de afeição, ou até mesmo amor, por uma hipótese a qual se acredita, ou confia, ou aposta ser verdade. Portanto se uma pessoa acredita, confia ou aposta em algo, não significa necessariamente que ela tenha fé. Diante dessas considerações, embora não se observe oposição entre crença e racionalidade, como muitos parecem pensar, deve-se atentar para o fato de que tal oposição é real no caso da fé, principalmente no que diz respeito às suas implicações no processo de aquisição de conhecimento, que pode ser resumidas à oposição direta à dúvida e ao importante papel que essa última desempenha na aprendizagem.
É possível nutrir um sentimento de fé em relação a um pessoa, um objeto inanimado, uma ideologia, um pensamento filosófico, um sistema qualquer, um conjunto de regras, um paradigma popular social e historicamente instituído, uma base de propostas ou dogmas de uma determinada religião. Tal sentimento não se sustenta em evidências, provas ou entendimento racional (ainda que este último critério seja amplamente discutido dentro da epistemologia e possa se refletir em sofismos ou falácias que o justifiquem de modo ilusório) e, portanto, alegações baseadas em fé não são reconhecidas pela comunidade científica como parâmetro legítimo de reconhecimento ou avaliação da verdade de um postulado. É geralmente associada a experiências pessoais e herança cultural podendo ser compartilhada com outros através de relatos, principalmente (mas não exclusivamente) no contexto religioso, e usada frequentemente como justificativa para a própria crença em que se tem fé, o que caracteriza raciocínio circular.
A fé se manifesta de várias maneiras e pode estar vinculada a questões emocionais (tais como reconforto em momentos de aflição desprovidos de sinais de futura melhora, relacionando-se com esperança) e a motivos considerados moralmente nobres ou estritamente pessoais e egoístas. Pode estar direcionada a alguma razão específica (que a justifique) ou mesmo existir sem razão definida. E, como mencionado anteriormente, também não carece absolutamente de qualquer tipo de argumento racional.
Abraão era o pai da fé. Por quê? Porque foi o primeiro a crer antes de ver.
-Ilustração: História do cavalo que caiu no poço e o dono não tinha como tirá-lo, por isso resolveu enterrá-lo, então o cavalo sacudia o pó que caia em cima dele e subia em cima até chegar ao alto. Aplicação: a Fé não se conforma com as más notícias e supera tudo.
Qual a diferença entre crer e fé? Fé é crer naqueilo que não vemos (Hebreus 11.1) e crer é agir pela fé.
Relembrar a história de Abraão que pela fé saiu de sua terra, esperou ter um filho e o entregou ao Senhor.
Você tem fé? Como ter uma fé poderosa?
Vamos aprender saber como é a fé poderosa:
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1- A FÉ nos dá direito à bênção: v.1-5
Abraão sem ter praticado obra alguma da lei, mas agindo por fé recebeu a bênção com direito.
Como um trabalhador que recebe seu salário, a bênção é o resultado da fé.

2- Pela Graça recebemos a promessa: v.13-16
Tudo que Deus faz é de Graça. Não há nada que possamos fazer além de crer na promessa da Graça de Deus.
Muitas pessoas querem pagar algo que já está pago por Cristo na cruz. (Ilustração: homem que estava carregando um peso e ganhou uma carona e continuou carregando dentro do carro).

3– Pela fé até o que não exisitia passa a existir: v.17
Deus criou o mundo pela sua palavra quando não existia nada – esta é a matéria prima de Deus – e Jesus nos ensiou a crer que já recebemos (Marcos 11.24).
Precisamos chamar à existência aquilo que nos falta. Como fé, perdão, libertação, paz, alegria, etc.

4- A fé espera contra a esperança: v.18
Nadamos contra a correnteza e não somos levados pela enxurrada da vida. Muitas vezes não podemos ouvir o que nos falam de mal e apenas crer como fez Saul quando zombaram dele ser rei (I Samuel 10.26,27).
O que é ESPERANÇA?
É esperar confiando, credo, a continuação da fé.

5- A fé admite as dificuldades sem desanimar:v.19-22
A fé não ignora os problemas, mas leva mais em consideração o que crê do que o que vê.
Abraão e Sara sabiam que era difícil, mas fortaleceram sua fé ‘dando glóra a Deus’ com convicção de que se cumpriria a promessa.

5- A promessa da fé é para todos nós: v.23-25
A mesma promessa serve par todos nós e Deus pode fazer o impossível em sua vida.
Creia nisso.

-CONCLUSÃO:
Para crescer é preciso se alimetar e se exercitar. Busque uma fé poderosa alimentando-se da Palavra de Deus e exercitando.
Você tem uma fé viva e poderosa?
-Oração: altar ou de joelhos.
“Por isso, vos digo que tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis, e tê-lo-eis” Marcos 11.24
“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, 
e a prova das coisas que se não vêem” Hebreus 11.1



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