Acabamos de cantar: “Santo é o Senhor nosso Deus” (Salmo 98), isso nos faz lembrar aquilo que está em Levítico 19, 2, no qual o Senhor diz: “Sedes santos, porque Eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo”. Você acabou de ouvir o Evangelho de hoje (Mateus 5,17-19), que é a seqüência do de ontem, em que Jesus dizia: “Vós sois o sal da terra e a luz do mundo”. E, ontem, eu falava que a sociedade precisa de nós como sal e luz do mundo. Por um lado, nós temos o dever de ser sal e luz para esse mundo, e por outro, temos o direito de ser diferentes. Ser santo é andar na contramão.
No Evangelho [supracitado: Mateus 5:17], o Senhor declara: “Não julgueis que vim abolir a lei ou os profetas. Não vim para os abolir, mas sim para leva-los à perfeição”. Jesus não retirou nada do Antigo Testamento; pelo contrário, o Evangelho que Ele nos trouxe é a Boa Nova, no qual Ele nos diz que somos capazes de viver, mas não por nós mesmos. Tudo isso vem do Espírito Santo de Deus. Todo bem, todo gesto de amor que praticamos vem do Senhor. Todos os gestos, que praticamos, foram implantados em nós pelo Espírito Santo. Deus quer que sejamos sal e luz.
A nossa santidade não vem de nós mesmos, é um reflexo de Deus. E São Francisco de Assis entendeu muito bem isso e o passou para os seus seguidores. Há uma história dele e do Irmão Leão, em que este estava triste por não conseguir ser santo como queria. E Francisco lhe disse: “Irmão Leão, Deus é isso e basta”. Ou seja, Deus é a própria santidade e isso basta, pois se o Senhor vive em nós –, e nós nunca nos afastarmos d’Ele e o Espírito Santo habitar em nós –, Deus Pai nos fará santos.
Quando Deus diz: “Sedes santos, porque Eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo” muitos dizem que isso é para os santos, e até citam vários nomes deles, mas acham que isso não é para eles. Isso é um engano, todos temos de corresponder ao chamado à santidade. É o Espírito Santo quem vai nos dando atitudes e comportamento de santidade. Ele vai nos tornando santos de acordo com a soma de nossos gestos, atos e palavras santas e não pagãs. Santidade no pensar, no falar, no sentir, tendo gestos e atitudes santas. Sendo dóceis ao Espírito – que está em nós – nossa vida vai se tornando santa.
Você conhece a vida de São Francisco e Santo Antônio. Depois que este santo conheceu os seguidores de Francisco, ele deixou a Ordem a que pertencia e começou a acompanhá-lo [Francisco] e tornou-se um franciscano, e o ardor missionário explodiu dentro dele. Depois, ele foi para África, mas não era lá que Deus o queria. Mais tarde, foi para Itália e viu que era ali que Deus o queria. A vida dele tornou-se santidade porque ele foi sendo dócil ao Espírito Santo dia após dia, e ia respondendo a tudo com comportamento de santidade. É assim que nós também nos tornamos santos: é uma conquista, uma contínua docilidade ao Espírito Santo. Ele habita em nós, por isso só podemos ter gestos e comportamentos de santidade, e esse é o grande desafio. Em I Tessalonicenses 4, São Paulo diz que Deus quer a nossa santificação, e essa graça é algo que se conquista.
É isso que estou Lhe pedindo, Senhor, neste dia de Santo Antônio, padroeiro da nossa cidade, de onde partem as ondas da Rádio, a sintonia da Televisão e do nosso portal na Internet. Todos esses sinais partem, daqui, de uma cidadezinha chamada Cachoeira Paulista (SP), tendo em média 35 mil habitantes em todo município, do qual Santo Antônio é o protetor, é o intercessor. Assim como a imagem de Santo Antônio mostra-o carregando o Menino Jesus no colo, porque realmente ele O carregou, pois ele O portou por toda a sua vida em si. Não que ele carregasse o Menino Jesus no colo literalmente, mas ele O portava em si e O levava aos outros. Senhor, eu estou pedindo que essa Tua ordem: “Sede santos, porque Eu, o Senhor, vosso Deus sou santo” e a ordem de Jesus: “Sereis perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito” se realize em nós. E essa declaração: “Essa é a vontade de Deus”. Que a vossa santificação aconteça a cada um desses meus irmãos, àqueles que estão presentes aqui e aos que acompanham de longe, a todos eles, pois todos têm essa inspiração de ser bons e santos. Nós, agora, dizemos que queremos ser bons e cada vez melhores, dá-nos a graça da busca da santidade. Muito obrigado, Senhor, eu quero ser santo.
Padre Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova
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