sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Fé e Motivação


Queridos (as) amigos (as) e irmãos em Cristo Jesus; vivemos dias em que a maioria dos sermões ministrados nas igrejas são motivacionais, alguns sendo verdadeiras mensagens de otimismo (você pode, você é capaz, etc.) Por isso resolvi fazer esta pequena reflexão entre motivação e fé, com o objetivo de entendermos qual a importância desses dois elementos na vida dos cristãos em nossos dias.

Primeiro gostaria definir as palavras fé e motivação.


Fé é a firme opinião de que algo é verdade, sem qualquer tipo de prova ou critério objetivo de verificação, pela absoluta confiança que depositamos nesta idéia ou fonte de transmissão.

A fé acompanha absoluta abstinência à dúvida pelo antagonismo inerente à natureza destes fenômenos psicológicos e lógica conceitual. Ou seja, é impossível duvidar e ter fé ao mesmo tempo. A expressão se relaciona semanticamente com os verbos crer, acreditar, confiar e apostar, embora estes três últimos não necessariamente exprimam o sentimento de fé, posto que podem embutir dúvida parcial como reconhecimento de um possível engano. A relação da fé com os outros verbos, consiste em nutrir um sentimento de afeição, ou até mesmo amor, por uma hipótese a qual se acredita, ou confia, ou aposta ser verdade. Portanto se uma pessoa acredita, confia ou aposta em algo, não significa necessariamente que ela tenha fé. Diante dessas considerações, embora não se observe oposição entre crença e racionalidade, como muitos parecem pensar, deve-se atentar para o fato de que tal oposição é real no caso da fé, principalmente no que diz respeito às suas implicações no processo de aquisição de conhecimento, que pode ser resumidas à oposição direta à dúvida e ao importante papel que essa última desempenha na aprendizagem.

É possível nutrir um sentimento de fé em relação a um pessoa, um objeto inanimado, uma ideologia, um pensamento filosófico, um sistema qualquer, um conjunto de regras, um paradigma popular social e historicamente instituído, uma base de propostas ou dogmas de uma determinada religião. Tal sentimento não se sustenta em evidências, provas ou entendimento racional (ainda que este último critério seja amplamente discutido dentro da epistemologia e possa se refletir em sofismos ou falácias que o justifiquem de modo ilusório) e, portanto, alegações baseadas em fé não são reconhecidas pela comunidade científica como parâmetro legítimo de reconhecimento ou avaliação da verdade de um postulado. É geralmente associada a experiências pessoais e herança cultural podendo ser compartilhada com outros através de relatos, principalmente (mas não exclusivamente) no contexto religioso, e usada frequentemente como justificativa para a própria crença em que se tem fé, o que caracteriza raciocínio circular.

A fé se manifesta de várias maneiras e pode estar vinculada a questões emocionais (tais como reconforto em momentos de aflição desprovidos de sinais de futura melhora, relacionando-se com esperança) e a motivos considerados moralmente nobres ou estritamente pessoais e egoístas. Pode estar direcionada a alguma razão específica (que a justifique) ou mesmo existir sem razão definida. E, como mencionado anteriormente, também não carece absolutamente de qualquer tipo de argumento racional.

A motivação é uma força interior que se modifica a cada momento durante toda a vida, onde direciona e intensifica os objetivos de um indivíduo. Dessa forma, quando dizemos que a motivação é algo interior, ou seja, que está dentro de cada pessoa de forma particular erramos em dizer que alguém nos motiva ou desmotiva, pois ninguém é capaz de fazê-lo. Existem pessoas que pregam a auto-motivação, mas tal termo é erroneamente empregado, já que a motivação é uma força intrínseca, ou seja, interior e o emprego desse prefixo deve ser descartado.


Elementos psicológicos que leva alguém a fazer alguma coisa, consciente ou inconscientemente, sejam fisiológicos, intelectuais ou afetivos, os quais agem determinando o comportamento do ser humano (bom ou mau) levando-o a cumprir seu objetivo.

São três os objetivos pelos quais agimos:

1 – Fisiológico: relacionados às necessidades do corpo (fome, sede e outros).

2 – Intelectual: de segurança e estabilidade.

3 – Afetiva: Autoestima, aprovação e auto realização.

No evangelho de João no capítulo 16 verso 3, Jesus diz que “no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo (motivação) porque eu venci o mundo”. Através desse versículo podemos perceber que o Senhor Jesus não queria que seus discípulos desanimassem diante das lutas e adversidades que viriam sobre eles e com isso mostra que ele nos conhece em tudo, quando ele nos olha ele desvenda todos os segredos do nosso coração.

A motivação alcança o previsível, mas a fé alcança o impossível. Em Hb 11:1 diz que “a fé é a certeza das coisas que se esperam e a convicção de fatos que não se veem”. Por essa razão uma palavra de motivação pode até deixar você animado, mas só a fé o levará a alcançar os seus objetivos mais difíceis.

A motivação alcança o homem natural, mas a fé alcança o homem espiritual. Ef 2:8 diz “porque pela graça sois salvos mediante a fé, isso não vem de vós, é dom de Deus.”. Hb 11:6 diz que “sem fé é impossível agradar a Deus”. Hoje vemos que a maioria dos cristãos estão muito mais preocupados com a auto realização física e material do que usar a fé, porque a fé exige obediência, a fé tem regras específicas dadas por Deus. Por isso, como cristãos, precisamos entender que nenhuma palavra de motivação irá nos levar a encarar os desafios que a vida nos propõe, foi isso que Jesus nos ensinou, é isso que o apóstolo Paulo escreveu em 2ª Cor 4:8 e 9 “Em tudo somos atribulados, porém não angustiados, perplexos porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados, abatidos; porém não destruídos.”.

Em Rom 8:31 ao 39 Paulo nos mostra que quem tem fé não depende das circunstâncias, mas ele supera tudo através da fé. Um cristão vencedor não vive apenas de conquistas materiais, mas principalmente de fidelidade e vida de obediência ao Senhor, como está escrito: “de que adianta o homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma” Mc 8:36. Por isso tanto Cristo como o apóstolo Paulo nos ensinam que precisamos nos manter motivados/animados, mas só através da fé vira a perseverança sobre as nossas vidas, pois a motivação é gerada na alma (vontade de vencer), mas a fé alcança o espírito (perseverança para vencer) nos levando à vitória. Termino este primeiro devocional deixando para sua meditação Rm 1:17 “visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá  por fé.”.

Um grande abraço a todos.

Fraternalmente;

Pr. Moisés Eduardo.

1 comentários:

MARCOS VINICIUS CAVALCANTE CORREIA disse...

Muito bom, vai agregar muito ao meu sermão, obrigado!

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